A Operação Lei Seca, da Secretaria de Estado de Governo, vai mobilizar todo o seu efetivo contra a imprudência no Carnaval. O objetivo é conscientizar os foliões da importância de nunca dirigir depois de beber e, com isso, continuar reduzindo os índices de acidentes de trânsito no Rio. Desde o início da ação – em 19 de março do ano passado – até janeiro de 2010, 4.173 pessoas deixaram de ser vitimadas no trânsito carioca. No mês passado, a redução foi de 27,6%, em comparação com janeiro de 2009.
No mês passado, foram registrados 1.236 feridos no trânsito da cidade do Rio de Janeiro, contra 1.708 no mesmo período do ano anterior – uma queda de 472 casos, de acordo com o Grupamento de Socorro de Emergência (GSE), do Corpo de Bombeiros.
– Essa redução mostra que o trabalho está no caminho certo e que a população está se conscientizando. Estamos conseguindo mudar uma visão equivocada, que infelizmente ainda encontra adeptos no Brasil: a de que a violência no trânsito é algo imprevisível e fortuito. Embora quase sempre involuntária, ela é muitas vezes fruto de atos imprudentes e negligentes como o uso da bebida. Agora, no Carnaval, vamos colocar todas as equipes de conscientização e fiscalização nas ruas para tentar fazer com que as pessoas entendam que é melhor deixar os carros em casa e sair para curtir sem riscos – disse o subsecretário de Estado de Governo e coordenador-geral da Operação Lei Seca, Carlos Alberto Lopes.
Em busca de um Carnaval de pura alegria, sem imprudências ao volante, a Secretaria de Estado de Governo decidiu colocar todo o efetivo da Operação Lei Seca nas ruas durante os quatro dias da Festa de Momo. Serão 140 agentes, divididos em sete equipes.
Como durante a festividade há blocos e desfiles nos mais diversos horários, as equipes acompanharão o ritmo carnavalesco e também atuarão tanto de dia quanto de noite no entorno do Sambódromo e de blocos. As blitzes também serão realizadas em vias de grande movimento como a Linha Amarela, a Avenida das Américas, a Ponte Rio-Niterói, entre outras.
Além do trabalho de repressão, cadeirantes vítimas de acidentes envolvendo álcool e direção vão atuar na conscientização dos foliões. Para isso, eles estarão no entorno da Passarela do Samba e dos blocos panfletando e explicando para a população o risco de dirigir após ingerir bebidas alcoólicas.
Carlos Alberto Lopes pede que os motoristas deixem o carro em casa para curtir o Carnaval sem preocupação. No sábado (13/2), quando o bloco da Bola Preta arrasta uma multidão pelo Centro do Rio, haverá blitzes nas principais saídas da região. Assim como acontecerá em outros blocos e também na região do Sambódromo.
Desde o início da operação, lançada em 19 de março de 2009 pela Secretaria de Estado de Governo, até a madrugada desta quarta-feira (10/2), 153.621 motoristas foram abordados em blitzes, 30.622 deles receberam multas e 9.681 veículos foram rebocados. No mesmo período, 12.436 carteiras de habilitação foram recolhidas e os agentes realizaram 144.312 testes com etilômetro. Foram aplicadas 2.125 sanções administrativas e 737 criminais.
Em 2009, após o início da Operação Lei Seca, todos os meses registraram queda no número de vítimas de trânsito da capital, em comparação com 2008. Em dezembro, a queda ficou em 26,9%; em novembro, a redução foi de 29,4%; em outubro, 26,7%; em setembro, 27,2% e em agosto, a queda foi de 23,3%. No mês de julho, foram menos 20,6%; em junho, a diminuição ficou em 25,6%; em maio, 36,2%; e em abril, menos 23,6%. De 19 de março a 19 de abril – período que compreende o primeiro mês da Operação –, o número de vítimas registrou queda de 19%.
Lançada, em 19 de março de 2009, com o objetivo de reduzir o número de acidentes e de vítimas de trânsito, a Operação Lei Seca é uma campanha educativa e de fiscalização, de caráter permanente, que abrange os bairros da Capital e municípios da Região Metropolitana (Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá) e da Baixada Fluminense. As ações são desenvolvidas nas vias com maior número de acidentes – como é o caso, por exemplo, das avenidas Brasil e das Américas (as duas campeãs de colisões e atropelamentos) – e perto de locais de grande concentração de pessoas, principalmente à noite.
Os motoristas são abordados em blitzes nas ruas e passam pelo teste do etilômetro para medir o teor de bebida alcoólica no sangue. Em paralelo, cadeirantes vítimas de acidentes de carro, estudantes de Medicina e fiscais da secretaria de Estado de Governo fazem panfletagem em bares, boates e restaurantes sobre o perigo de misturar direção e álcool.
Participam ainda da operação o Detran, como órgão financiador da operação, a CET-Rio, a Uerj, a UFRJ, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a ONG Trânsito Amigo, 260 associações de taxistas, a Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), a SuperVia, o Metrô-Rio e as Barcas S.A.
Fonte: Governo do Rio