A situação que envolve as obras do Projeto Iguaçu, responsável por garantir o controle de inundações, urbanização e recuperação ambiental das bacias dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí, no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, tem preocupado o presidente da Comissão da Assembleia Legislativa do Rio para o acompanhamento das obras do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) no estado, deputado Rodrigo Neves (PT).
Segundo o parlamentar, que esteve na cidade ), os prefeitos envolvidos precisam se juntar para que o projeto, que compõe as ações do PAC fluminense, avance mais. “Existe a necessidade de integrar as prefeituras envolvidas. O projeto está caminhando, mas precisamos que as prefeituras venham fazer as ações complementares, como infraestrutura,
coleta de lixo e fiscalização do terreno. Sem a fiscalização, as ocupações não vão parar e, assim, a obra não anda”, comentou Neves.
O deputado realizou uma reunião com representantes dos moradores de Belford Roxo e do Instituto Nacional do Ambiente (Inea) durante a visita às obras, com o intuito de ouvir as reivindicações e definir os próximos passos para o bom andamento das intervenções do PAC no local. “A comissão vai propor, junto ao Ministério das Cidades e à Secretaria Nacional de
Habitação, que os municípios menos contemplados com os recursos do programa na primeira etapa sejam beneficiados na segunda etapa com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). Precisamos focar nas áreas de maior necessidade. É evidente que Belford Roxo está entre essas áreas”, argumentou Neves, anunciando ainda um encontro com a secretária
Nacional de Habitação, Inês Magalhães, no próximo dia 2 de setembro.
Durante a visita ao Projeto Iguaçu, o diretor de Recuperação Ambiental do Inea, Carlos Abenza, demonstrou suas preocupações com o andamento das obras e afirmou que “o que estamos fazendo aqui com esse projeto representa somente 25% da necessidade real da localidade”. “Estamos fazendo um estudo para definir os próximos passos. Não podemos fazer nada antes de terminar o projeto. Precisamos saber se vai passar caminhão nessas ruas, se o solo precisa ser trocado, se vai ter via de acesso etc. Paralelo a isso, precisamos indenizar essas famílias que moram aqui. Só assimpoderemos trabalhar do outro lado dos rios”, comentou Abenza. Dentre as obras que serão contempladas pelo PAC na cidade, estão a melhoria da rede de esgotamento sanitário, a construção ou aquisição de unidades habitacionais e melhorias nas condições de habitação na Comunidade da Pera.
Entre recursos do Governo federal e do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) do Governo do estado, serão investidos R$ 284 milhões. O objetivo do projeto é reduzir o risco de inundação nas bacias, fazendo, assim, diminuir o número de doenças relacionadas com as enchentes
Fonte: Alerj