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Parque Lage celebra modernização

A Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) está em festa. A EAV iniciou 2010 com novos e modernos ateliês de gravura prontos para uso de seus alunos e professores. Nos ambientes, convivem harmoniosamente a litografia, serigrafia, xilogravura, gravura em metal e novas mídias que formam as Oficinas da Imagem Gráfica, que congregam tradição e tecnologia.

É nesse clima que a escola, em parceria com a Secretaria de Cultura, expõe sua coleção de gravuras, recentemente restaurada e organizada, ao público. A mostra Forma(ação)gráfica: a experiência da EAV – Parque Lage ostenta mais de 60 gravuras pertencentes à EAV, tem curadoria do colecionador George Kornis e representa a junção de duas exposições já realizadas no espaço, como esclarece a coordenadora de projetos do Parque Lage, Izabela Pucu:

– A exposição integra um projeto maior, que envolve um resgate da memória da EAV, e é constituída por duas mostras já realizadas aqui, a “14 para Viagem”, de 1976, e algumas edições de serigrafia, feitas entre 1991 e 1996. A exposição é o momento clímax da recuperação e resgate da nossa memória e conta com folders de outras mostras, cartazes, fotografias e documentos que transformam a memória Lage numa plataforma de pesquisa – diz.

Forma (ação) gráfica é um oportuno trocadilho que evidencia as escolhas da EAV, como complementa a coordenadora:
– A exposição não é de artistas, mas procura trazer à tona a experiência da escola no campo da gravura. O trocadilho entre forma e ação trata de formação, enquanto agente vinculado à prática do ensino, mas também de ação no sentido da construção da gravura – esclarece Beatriz.

Com investimentos do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, e patrocínio da Oi – empresa de telefonia – por meio da Lei de Incentivo do ICMS, a EAV restaurou prensas de gravura e equipou oficinas com mobiliário adequado e equipamentos para a experimentação da imagem digital, criando uma interseção entre as gravuras tradicionais, a fotografia e as mídias digitais.
Para o professor da EAV e artista plástico Luis Ernesto, a exposição é o fruto da aposta da escola na convergência entre tradição e novidade:

– As tecnologias digitais atraem mais os artistas, e as técnicas mais artesanais começam a ficar esquecidas. O projeto da escola cruza as duas coisas e amplia a produção de imagem, ao passo que a exposição alia a tradição às novas técnicas. Temos gravuras feitas dentro de técnicas tradicionais, como a litografia, que é feita com pedras européias raríssimas, mas inaugurando ateliês que propiciam técnicas recentes – enfatiza.

Entre os destaques da exposição estão gravuras de Dionísio Del Santo, Cildo Meireles, Beatriz Milhazes, Rubem Gerchman e Lygia Pape, e preciosidades como gravuras de Roberto Burle Marx e Mario Carneiro.

Ana Fonseca, que estuda pintura há dois anos na EAV, salienta a importância da iniciativa e mostra-se entusiasmada com a reforma da escola:
– Agora sentimos que a EAV está sendo cuidada, os ateliês estão maravilhosos e a exposição proporciona aos estudantes de artes a observação das etapas de produção – conclui.

Serviço
Exposição "Forma (ação) gráfica: e experiência da EAV-Parque Lage"
Galerias 1, 2 e EAV
Rua Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico
Aberta até 24 de maio
De segunda a quinta, das 9h às 22h, e de sexta a domingo, das 10h às 17h
Informações: (21) 3257-1800, (21) 3257-1810 ou www.eavparquelage.rj.gov.br.

Fonte: Governo do Rio