Equipamento vai abrigar disputas durante os Jogos Olímpicos de 2016
Nesta segunda-feira, dia 25, o prefeito Eduardo Paes lançou o Concurso Internacional para o Plano Geral Urbanístico do Parque Olímpico Rio 2016. Coordenado pelo Instituto Rio 2014/2016, o concurso será realizado em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Situado na Barra da Tijuca, no terreno hoje ocupado pelo Autódromo Nelson Piquet, o Parque Olímpico, que também ocupará espaços de outras instalações já existentes como o Parque Maria Lenk, Velódromo e Arena do Rio, vai abrigar disputas de 15 modalidades durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Após os Jogos Olímpicos serão erguidos novos empreendimentos que, ao lado dos equipamentos esportivos permanentes, formarão uma área que será referência de planejamento e sustentabilidade para a cidade.
O lançamento do concurso foi realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo, e contou com a presença dos secretários municipais de Desenvolvimento, Felipe Góes; de Urbanismo, Sérgio Dias; do secretário chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho; do presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; do presidente do IAB, Sergio Magalhães; do diretor-executivo do Instituto Rio 2014/2016, Bernardo Carvalho; além da secretária de Esporte e Lazer do Estado do Rio, Márcia Lins, e de convidados.
O concurso será realizado em etapa única e as inscrições poderão ser feitas pelo site www.concursoparqueolimpicorio2016.com.br, de 2 de maio a 15 de junho. O resultado será divulgado no dia 13 de julho. O plano geral urbanístico deverá prever dois cenários. No modo "Jogos Olímpicos", o projeto deverá assegurar as melhores condições para a realização e operacionalização da competição esportiva. No modo "Legado", deverá garantir a viabilidade da implantação dos novos empreendimentos de forma sustentável.
As equipes participantes deverão ser multidisciplinares e comandadas por um arquiteto urbanista com experiência em projeto de complexidade similar. O júri será formado por um representante da Prefeitura do Rio de Janeiro, um representante do Governo Federal, um representante do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, um representante do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e cinco representantes do IAB, sendo dois jurados internacionais.
O prefeito Eduardo Paes falou sobre a importância de um concurso internacional desse porte para a cidade: “Um concurso internacional como esse é muito importante, uma vez que arquitetos e urbanistas vão fazer uma reflexão sobre esse espaço pensando no que pode ficar de legado para a cidade depois dos jogos. E isso faz uma grande diferença numa cidade que tem que ser vanguarda. É uma disputa transparente e aberta. Nossa meta olímpica é trazer elementos novos para o Rio e, de fato, usar os jogos para fazer uma transformação na cidade. O que buscamos com esse concurso é de que forma iremos fazer essa transformação de maneira sustentável, respeitando parâmetros urbanísticos, com qualidade ambiental, sustentabilidade, adequando e definindo as vias, áreas livres e parques, para que o Rio seja um lugar agradável para se viver depois”, explicou.
O Parque Olímpico Rio 2016 terá área de 1.180.000 metros quadrados e vai abrigar disputas de 15 modalidades durante os Jogos Olímpicos Rio 2016: basquete, judô, taekwondo, lutas, handebol, hóquei sobre a grama, tênis, ciclismo, saltos ornamentais, polo aquático, natação, nado sincronizado, ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim.
O valor de urbanização do Parque Olímpico Rio 2016 deverá ser de até R$ 590 milhões com a liberação de, no mínimo, 60% da área para empreendimentos futuros, como hotelaria, e de uso comercial e residencial. No plano geral urbanístico, os novos equipamentos esportivos permanentes deverão estar concentrados em torno dos já existentes – Parque Aquático Maria Lenk, Velódromo e Arena do Rio. Após os Jogos Olímpicos, este grupo de construções terá o nome de Centro Olímpico de Treinamento (COT) e será utilizado para descobrir e desenvolver talentos esportivos.
O secretário de Desenvolvimento Felipe Góes destacou algumas diretrizes fundamentais para o concurso: “Esse é um marco para o processo de preparação dos Jogos de 2016. Através desse concurso queremos deixar para a cidade um legado sustentável, com mudanças estruturais urbanas, econômicas, de transporte e no meio ambiente”.
A proposta urbanística também deverá contemplar a definição dos espaços públicos nos dois modos (ruas, áreas livres, acessos); a transição do modo "Jogos Olímpicos" para o modo "Legado"; a integração ao contexto urbano existente através de uma estrutura viária hierarquizada; a preservação das qualidades ambientais do sítio, com destaque para a recuperação ecológica da lagoa e suas vertentes; a priorização da permeabilidade do solo no tratamento das superfícies; acessibilidade universal; a integração dos projetos municipais previstos para o entorno; a priorização de inovações tecnológicas sustentáveis; a conexão clara entre os futuros equipamentos, esportivos ou não, através dos espaços públicos; o atendimento aos compromissos previstos na Candidatura Rio 2016; e a segurança do espaço.
Para o presidente do IAB, Sérgio Magalhães, essa é uma oportunidade não só para a cidade, mas que enriquece o trabalho dos arquitetos em geral: “Um concurso público internacional pressupõe a contribuição dos arquitetos mais importantes do mundo, brasileiros e estrangeiros, de tal modo que se busca alcançar a solução que seja a melhor possível, sob o ponto de vista ambiental, arquitetônico e econômico. E a cidade se beneficia das boas intervenções com isso. Esse é um concurso com bases inovadoras que têm pretensão ampla e definida. E isso faz parte do desafio que a cidade propõe com a realização desse mega evento esportivo” disse.
Fonte: Prefeitura do Rio