Início Plantão Barra Pedras retiradas da linha 4 do metrô vão ampliar Quebra-Mar da Barra

Pedras retiradas da linha 4 do metrô vão ampliar Quebra-Mar da Barra

Escavações metrô

 

Pedras retiradas das explosões que abrirão os túneis para a passagem da linha 4 do metrô (Barra – São Conrado) serão reaproveitadas para ampliar o quebra-mar da praia da Barra da Tijuca. A parceria entre as secretarias do Ambiente e de Transportes vai gerar economia para o Estado, já que a compra de rochas para estender a barreira custaria pelo menos R$ 20 milhões, enquanto outros R$ 35 milhões seriam gastos por ano no transporte do entulho produzido nas obras da Barra até um depósito.

Segundo o secretário do Ambiente, Carlos Minc, o Departamento Nacional de Produção Mineral determina que os resíduos do metrô sejam levados para um terreno no extremo da Zona Oeste. A proximidade da praia da Barra reduzirá os custos de transporte das rochas, que serão reaproveitadas na estrutura do quebra-mar.

– A utilização dessas rochas segue o princípio ecológico do reaproveitamento. Não existe lixo, existe matéria-prima fora do lugar. O que vamos fazer é levar essa matéria-prima para o local adequado – ressaltou Minc.

O enrocamento vai impedir o assoreamento da Lagoa da Barra e proteger ecologicamente a praia do Pepê. A ampliação do quebra-mar, na desembocadura do Canal da Joatinga, está prevista no Projeto de Recuperação do Sistema Lagunar da Barra e Jacarepaguá.

– Vamos apressar a licença para a extensão do quebra-mar e dar início ao estudo de viabilidade. Para fazer essa barreira, seriam necessárias pedras grandes. Como as rochas que resultam da implosão dos túneis são menores, elas serão agrupadas e concretadas, para dar sustentação à estrutura. A previsão é de que a ampliação comece dentro de seis meses – afirmou.

O secretário acredita que o entulho resultante das implosões será suficiente para estender os atuais 50 metros do píer para 200 metros. A nova área de solo artificial permitirá a construção de um restaurante panorâmico, projetado pelo arquiteto Alexandre Chan, que também assina a Ponte do Saber, no Canal do Fundão.

– A ideia é não colocar dinheiro do Estado nesse empreendimento. Quem investir na construção do espaço terá, em troca, alguns anos de concessão de uso, dependendo do retorno financeiro que gerar. Esse restaurante vai incrementar o turismo na região, afinal, quem não vai querer comer um peixinho admirando o mar? – indagou Minc.

Investimentos em recuperação somam mais de R$ 1 bilhão

O Projeto de Recuperação do Sistema Lagunar da Barra e Jacarepaguá já investiu R$ 550 milhões na construção de 13 elevatórias, Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), emissário submarino e implantação de redes de esgotamento sanitário executadas pela Cedae. Mais R$ 650 milhões do Fundo de Conservação Ambiental (Fecam) serão investidos nos próximos quatro anos na conclusão do saneamento da Barra, do Recreio dos Bandeirantes e de Jacarepaguá.

Estão previstas ainda a dragagem de aproximadamente 5,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos, desde a entrada do Canal da Joatinga, se estendendo pelas lagoas de Marapendi, Tijuca, Camorim e Jacarepaguá. Parte deles será acondicionada em geobags – mesmo material utilizado para acondicionar o lodo poluído retirado do Canal do Fundão – e disposta em uma área já assoreada, entre as lagoas do Camorim e da Tijuca, formando uma ilha de 444.660 metros quadrados. As bolsas serão cobertos por camadas de terra e argila, formando uma ilha-parque, com árvores, trilhas, um centro de visitação, áreas de lazer e atividades de educação ambiental e ecoturismo.

 

Fonte: Governo do Rio