Nesta quarta-feira (12/12), foi encerrado o curso do Plano de Formação em Direitos Humanos, primeira iniciativa realizada no âmbito das comunidades pacificadas no Rio de Janeiro que visa discutir o tema direitos humanos com moradores e policiais que atuam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A oficina foi elaborada pela equipe de gestão social do programa Territórios da Paz, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, em parceria com a Secretaria de Segurança.
No final da cerimônia, houve a construção e a aprovação do Pacto do Borel para Direitos Humanos. Aproximadamente 180 pessoas, entre policiais e moradores, participaram do curso.
A subsecretária de Defesa e Promoção de Direitos Humanos e Territórios da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, Andréa Sepúlveda, disse que o curso contribuiu para estreitar os laços entre policiais e moradores.
– Nosso objetivo é que as pessoas pactuem direitos e deveres. Que a comunidade chegue por ela mesma, junto com os policias, que são as pessoas que estão ali no dia a dia, que elas cheguem a um pacto de deveres, obrigações, caminhos, enfim, como conviver em paz, pois este é o grande objetivo da pacificação – explicou.
Uma das concluintes do curso e moradora da comunidade, Cláudia Sabino, revelou que os temas abordados no curso foram voltados para a necessidade diária vista na comunidade.
– Com a novidade da introdução das polícias pacificadoras pelas comunidades, eu acho que esta foi uma grande oportunidade. Acho que é o primeiro passo. Não que isto tenha se alcançado totalmente, mas nada é logo, mas eu acho que é o primeiro passo, foi dado um passo muito importante para tal – ressaltou.
O comandante da UPP do Borel, capitão Bruno Amaral, falou que deseja que este curso seja estendido a outras comunidades pacificadas.
– Esta foi uma iniciativa inovadora, pois pela primeira vez foram colocados moradores e policiais no mesmo espaço físico. A ação foi proveitosa e interessante – contou.
Para a subsecretária de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança, Juliana Barroso, o curso foi muito oportuno para aderir um diálogo entre a comunidade e a polícia.
– Este curso se traduz no reconhecimento dos atores que estão envolvidos no local. Da gente se reconhecer, da polícia se reconhecer, da comunidade se reconhecer e da gente reconhecer o outro. Sozinhos, a gente não dará conta dos problemas que são postos a todo o instante – finalizou.
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