Por Graça Paes, RJ

Nesta sexta, dia 1º de fevereiro, na sede da 57ª subseção da OAB, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foi criada uma COMISSÃO ESPECIAL que irá acompanhar as providências com relação às questões jurídico-sociais afetas aos advogados e a sociedade civil no que se refere a temas afins ao Direito. Ela será presidida pelo presidente da OAB-Barra, Ricardo Menezes, e terá como vice-presidente o advogado Luiz Alberto Melo Igrejas Lopes, que também é presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da região e coordenada pelo advogado Agostinho Teixeira, presidente da Comissão de Assuntos Institucionais e Comunitários.

Entre as funções da COMISSÃO ESPECIAL estão: acompanhar e relatar a fiscalização para o regular funcionamento dos estabelecimentos com grande fluxo de pessoas na região, incluídos aqueles de diversão pública, como: shoppings centers, supermercados, teatros, casas de espetáculos, templos religiosos, entre outros, visando garantir aos frequentadores a segurança necessária a fim de evitar que ocorram acidentes de natureza trágica, a exemplo do incêndio na boate da cidade de Santa Maria, na região sul do país, que ceifou várias vidas. E, acompanhar o trabalho de recuperação emergencial do Viaduto das Bandeiras, chamado de Elevado do Joá, que é certamente outra tragédia anunciada, devido às falas e a decomposição nas vigas e estruturas.
O presidente da OAB-Barra, Ricardo Menezes, informou ao Plantão Barra que a nova comissão já fez contatos com diversos órgãos públicos, entre eles: SEOP, SMTU, SMU, SMO, 31º BPM, II GMAR, Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá, CREA-RJ, CET-RIO, entre outros, para acompanhar o trabalho de cada um.
Na reunião de criação da COMISSÃO ESPECIAL estavam presentes os seguintes advogados Dr. Ricardo Menezes, Igrejas Lopes, Marlene Padilha, Álvaro Costa, Agostinho Teixeira, Juliana Maia, Marcus Soares, Willian Takashi do Vale, Delfim Aguiar, Cristina Guimarães, o Dr. Fernando Macdowel, professor especialista em Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, e mobilidade urbana, entre outros.
Elevado do Joá
Segundo o engenheiro, Fernando Macdowel, um relatório sobre o caso foi preparado por ele e entregue para o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, em março de 2009. E, de acordo com seus levantamentos a prefeitura apenas colocou um portão no local para não permitir que fossem feitas mais fotos da degradação.
Há anos ele luta por essa causa, que hoje está aí para quem quiser ver e acompanhar as denúncias pelas redes sociais. “A estrutura está avisando. Os pilares precisam ser concertados imediatamente para evitar uma tragédia. É não estão levando a sério. Quando a pressão esmagar o concreto ele vai descer uns 50 cm e vai tombar para a esquerda. Se todo o viaduto vai cair eu não sei, mas algumas partes sim, com certeza”, avisa. “Quando aquela pista está congestionada, eu não passo ali de jeito nenhum. Se eu estiver com os meus filhos, então, nem com o trânsito livre arrisco atravessar o viaduto”.
Ainda de acordo com o engenheiro, várias juntas de dilatação estão quebrando no lugar e a prefeitura tem feito obras colocando asfalto para esconder a má aparência. “Em nenhum viaduto se quebram as vias de dilatação. É notório que ocorre ali um esforço anormal. A situação é gravíssima e o pilar não vai avisar o dia em que vai sucumbir. Pode levar cinco anos como pode desabar amanhã”, alerta Macdowel.