A Prefeitura do Rio apresentou no final desta manhã a primeira plataforma móvel de observação e vigilância, adquirida pela Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) para a Guarda Municipal do Rio de Janeiro. A entrega foi feita pelo prefeito Eduardo Paes, ao lado do secretário da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, e do comandante da GM-Rio, Ricardo Pacheco.
– É importante equipar a Guarda Municipal e os órgãos de fiscalização com instrumentos que permitam exercer sua atividade de forma mais eficaz, e é isso que estamos fazendo – afirmou Eduardo Paes durante a apresentação do
novo equipamento, que contou com a participação da Banda da Guarda Municipal.
O prefeito explicou que esse equipamento é comum em países do hemisfério Norte, para controle e monitoramento de multidões em grandes eventos, por dar mais proteção ao cidadão ao ampliar a capacidade de vigilância das forças de segurança locais. Paes lembrou também de outras medidas para melhorar a ação da GM-Rio, entre elas a ampliação da frota de veículos, com 135 novos veículos.
Os primeiros testes com a nova plataforma serão realizados amanhã, dia 10, pela manhã em Copacabana, e ainda na quinta-feira (dia 11) à tarde no Centro e na sexta-feira (dia 12) à noite na Lapa. Em seguida, o equipamento será
utilizado no controle urbano e no monitoramento dos blocos de rua, durante os dias de Carnaval. Logo após o final da cerimônia de apresentação, começou o treinamento dos guardas de cinco inspetorias (Centro, Zona Sul, Tijuca, Catete e Parque do Flamengo) que vão operar o novo equipamento.
A plataforma móvel faz parte de uma licitação para a compra de quatro unidades, ao preço de 280 mil dólares (R$ 524 mil) cada uma, e foi adquirida com recursos do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). Se ficar comprovada sua eficácia, os outros três equipamentos serão comprados e vão reforçar o trabalho de controle urbano em grandes eventos, na orla e nos pontos de maior concentração de pessoas.
– O Rio de Janeiro é uma cidade de festa, de grandes eventos, tem sempre alguma coisa acontecendo aqui, o tempo todo e a toda hora. Portanto, é fundamental que a Prefeitura detenha instrumentos que permitam essa fiscalização – ponderou Eduardo Paes.
“Big Brother”
Fabricada nos Estados Unidos, a plataforma tem um "braço" hidráulico que suspende uma cabine de aço até nove metros de altura, formando uma torre de vigilância com espaço para abrigar até três pessoas de pé ou duas sentadas, cujos equipamentos incluem: câmera de vídeo digital com alcance de até dois quilômetros de distância e 360° de ângulo, visão noturna e sistema de gravação de imagens; canhão de luz com potência média de sete milhões de velas (o triplo dos holofotes comumente usados em eventos), capaz de iluminar um ponto na multidão e até desnortear uma pessoa, se for preciso; aparelho de ar condicionado; sistema de alto-falantes com diferentes sirenes de alerta, uma para cada tipo de emergência; medidores de temperatura externa e de velocidade do vento; e um rádio transmissor portátil.
Toda a estrutura é fixada sobre uma base com cinco pés de apoio, que estabilizam a torre no chão, e tem um gerador de energia a diesel, com autonomia de 300 litros. Quando todas as partes estão recolhidas, a plataforma pode ser rebocada por um veículo da Guarda Municipal para qualquer ponto da cidade.
– Esse mesmo equipamento é utilizado pela polícia de Nova Iorque, e até nos parques da Disney. Uma plataforma com apenas dois guardas pode substituir uma grande quantidade de agentes, até 30 deles, que seriam distribuídos para patrulhar o mesmo perímetro – explicou Rodrigo Bethlem.
Ele também se disse disposto a conversar com a Secretaria de Segurança Pública para, quando necessário, ter um policial militar na cabine, de maneira a trabalhar em conjunto com a Guarda Municipal para coibir pequenos delitos.
– Uma dessas pode permanecer 24 horas em atividade, e tem uma mobilidade enorme. É o verdadeiro “Big Brother” do Choque de Ordem – brincou Bethlem.
Fonte: Prefeitura do Rio