A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem, a Operação Matuto, para desarticular uma quadrilha que praticava crimes contra a Previdência Social. Foram cumpridos os quatro mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Iniciadas há seis meses, as investigações apontaram fraudes em ações judiciais relativas a requerimentos de auxílio-doença. De acordo com a Polícia Federal, o esquema consistia no aliciamento de pessoas, de preferência trabalhadores rurais, que eram orientadas a utilizar atestados médicos de incapacidade laboral fornecidos pelo mentor e seus colaboradores, e requerer na Justiça o recebimento de auxílio-doença. Perícias nos atestados utilizados concluíram pela inexistência das doenças alegadas ou que estas eram preexistentes à qualidade de segurado dos requerentes.
Ainda segundo a PF, a quadrilha atuava há pelo menos três anos e estima-se que tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 500 mil à Previdência. Os presos, dentre eles um servidor público, devem responder pelos crimes de estelionato qualificado e formação de quadrilha, com penas entre dois e oito anos de prisão, além da perda do cargo público.
A operação foi coordenada pela Força Tarefa Previdenciária, composta pelo Departamento de Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal. O nome refere-se aos clientes da quadrilha, em sua maioria trabalhadores rurais dos municípios de Sumidouro, Teresópolis e Nova Friburgo.
Fonte: Correio do Brasil
