Em breve, a população poderá contar com novos policiais militares para reforçar a segurança no Estado do Rio de Janeiro. Nesta terça-feira (01/12), o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mario Sérgio de Brito Duarte, participaram da entrega das tradicionais espadas – símbolo de justiça e autoridade – aos 67 aspirantes a oficial da Turma Bicentenário da PM. A cerimônia aconteceu na Academia de Polícia Militar D. João VI, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, onde os policiais concluíram o Curso de Formação de Oficiais.
Para Beltrame, os policiais formados representam a renovação da corporação e a polícia que o Governo do Estado está construindo: uma polícia cidadã, voltada para os princípios éticos de sua tropa. De acordo com o secretário, a Polícia Militar está passando por importantes processos de modernização e as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) são exemplos da nova política de segurança pública estadual. Já são sete as comunidades pacificadas pela PM. A última ocupação foi iniciada ontem (30/11) no morro Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, em Copacabana e Ipanema.
– Os novos policiais estão preparados para exercer funções de comando. Estamos construindo uma polícia mais ágil e capaz de enfrentar o crime com firmeza. Além das UPPs, estamos estudando mais projetos. Em 2010, cerca de três mil policiais serão alocados nessas unidades. Vamos aumentar o quadro de efetivo da PM em até 60 mil homens. Também estamos investindo em tecnologia. O Rio irá ganhar, no próximo ano, um centro de comando e controle integrado, conhecido como C4I, onde todas as forças de segurança e atendimento estarão reunidas. Mais de mil câmaras serão direcionadas para o local – anunciou Beltrame.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Mario Sérgio de Brito Duarte, os aspirantes a oficial simbolizam esperança para a sociedade. Por isso, está sendo preparado um concurso público com mais de quatro mil vagas. O governo estadual está aguardando a aprovação da legislação que reduz a altura de homens de 1,68m para 1,65m para dar continuidade ao processo. A seleção será fundamental para a realização das ações que estão sendo planejadas pela PM.
– Hoje, é um dia muito importante para a nossa corporação. Os oficiais ajudarão a melhorar a área da Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro. A realização de novos concursos é fundamental para que possamos alcançar as nossas expectativas. A corporação procura jovens que entendam a profissão de policial como uma profissão de sacrifícios. O profissional da área presta um serviço público essencial para a população. Queremos jovens idealistas e sonhadores que queiram trabalhar em benefício do bem comum – ressaltou o coronel Mario Sérgio de Brito Duarte.
O primeiro colocado da turma de 2009 do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar, Luiz Fernando Silva, de 32 anos, resume sua formatura como sendo a realização de um antigo sonho. O 2° tenente da PM, título que recebeu hoje durante a entrega de sua espada, se considera pronto para enfrentar os desafios da profissão e carregar os lemas idealismo e destemor por toda a sua vida profissional. O policial começará a atuar no Batalhão Florestal no início de 2010.
– É uma satisfação pessoal muito grande. Eu sei que poucos têm esse privilégio. Eu tive e sou muito grato a Deus, a minha família, aos meus amigos e aos que me ajudaram durante o curso. Para mim, ser policial é proteger a si próprio, a família, o próximo e a sociedade. Sempre digo que ser policial é um sacerdócio. A felicidade é imensurável – disse emocionado Luiz Fernando Silva.
A qualificação, que dura três anos, possui disciplinas voltadas para as áreas profissional e fundamental. A grade curricular é composta por matérias como Direito Penal, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito da Criança e do Adolescente, Psicologia, Criminologia, Sociologia, Comunicação Social, Ética, Ciência Polícia e Direitos Humanos. Depois de formados, os alunos são promovidos a aspirantes a oficial e classificados nas unidades da corporação.
Para ingressar na Academia D. João VI, os futuros policiais precisam participar de um concurso público através do vestibular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os candidatos realizam exames médico, físico e psicotécnico quando são aprovados. Na unidade, os cadetes têm à disposição alojamentos, salas de informática, vídeo e leitura, academia de ginástica, espaço para a prática de artes marciais, ginásio poliesportivo, piscina e centro de prática de tiro. Os alunos recebem ainda ajuda de custo, fardas e alimentação.
Fonte: Governo do Estado
