As Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs) 10, 40 e 23 foram as três que mais reduziram os índices de letalidade violenta (homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e auto de resistência), roubo de veículo e roubo de rua (roubo a transeunte, aparelho celular e em transporte coletivo) do estado no primeiro semestre de 2013. O Sistema Integrado de Metas e Acompanhamento de Resultados (SIM) premiará, respectivamente, com R$ 13,5 mil, R$ 9 mil e R$ 6,750 mil cada um dos agentes de segurança que trabalha nas áreas mais bem colocadas.
Policiais das AISPs 14, 26 e 36 também bateram suas metas e serão premiados com bônus que variam entre R$ 4,5 mil e R$ 5,4 mil.
A cerimônia de premiação do SIM acontecerá em dezembro. Criado em 2009, o Sistema Integrado de Metas e Acompanhamento de Resultados já pagou R$ 223 milhões em prêmios a policiais civis e militares sem distinção de patente ou cargo. Na comparação entre os dados do primeiro ano da premiação e de 2012, houve redução de 30,4% no número de homicídios dolosos e 12,2% no de roubo de veículos no estado.
A oportunidade de reconhecer o trabalho policial foi o que motivou a Secretaria de Segurança a implantar o sistema de metas. Para o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, Roberto Sá, sempre houve esforço dos policiais. O incentivo foi criado para que as polícias conversassem mais e planejassem o ataque contra o crime.
“Duas polícias que atuam no mesmo território precisam se falar, trocar informações e atuar em conjunto, respeitando-se os limites constitucionais de cada uma delas. O desafio foi grande, mas os resultados alcançados até agora nos dão a convicção de que estamos no caminho certo”.
Policiais destacam importância da integração
Para bater a meta estipulada pela Secretaria de Segurança para a região da 10ª AISP no primeiro semestre, a integração entre as polícias Militar e Civil foi muito importante. A participação da população também foi essencial no esforço para reduzir os índices de criminalidade. O coronel Cesar Rosa, comandante do 10º BPM (Barra do Piraí), organiza um café comunitário todo mês em um município diferente. Na reunião, ele pede dicas aos moradores sobre como melhorar o policiamento das cidades.
“Estou aqui no 10º BPM há um ano e meio. Sem o elo e essa cumplicidade com a Polícia Civil, não alcançaríamos de forma alguma estes índices”, disse o coronel.
O trabalho preventivo também é importante. Em Engenheiro Paulo de Frontin, o delegado titular da 98ª DP, Luiz Fernando Damasceno, acredita que, quanto mais cedo for identificado o problema, menores são as chances de a população sofrer com as consequências.
“A gente tenta evitar qualquer tipo de conflito, investigamos antes das coisas começarem a acontecer. Polícia atuante é isso. Os crimes na região não ficam impunes”, afirmou Damasceno.
O delegado Adriano Marcelo França se tornou titular da 88ª DP de Barra do Piraí há dois meses. Para ele, o desafio é manter os baixos índices de criminalidade deixados pelo antigo delegado, José Mário Omena. A região está novamente em primeiro lugar no ranking da secretaria.
“Se engana quem acha que em cidade pequena não há conflito. Se não for dada uma resposta imediata, o crime se espalha mesmo. Aqui os policiais têm corrido atrás mesmo com os índices baixos de criminalidade. Eles querem ser reconhecidos”, explicou França.
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