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Prefeitura anuncia mais R$36 milhões para hospitais Rocha Faria e Albert Schweitzer

 

Um mês após o anúncio de que o município assumiria a gestão dos hospitais estaduais Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande, a Prefeitura do Rio fez nesta quinta-feira (04/02) um balanço das primeiras ações da gestão. O secretário executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo, anunciou ainda um investimento de mais R$ 36 milhões para os próximos meses, que será aplicado em reformas, climatização, novos equipamentos e mobiliário para os hospitais. Todas as pendências financeiras foram pagas e as unidades atualmente não têm mais dívidas com fornecedores. O orçamento previsto para 2016 é de R$336 milhões para as duas unidades.  

 

 

 

Desde que o município assumiu a gestão dos hospitais – em 7 de janeiro no Albert Schweitzer e no dia 11 no Rocha Faria -, várias ações de curto prazo já foram realizadas, melhorando o fluxo de entrada dos pacientes e acompanhantes, especialmente na Emergência, e levando resolutividade aos casos. No hospital de Realengo, 92 pacientes que aguardavam cirurgias há semanas ou meses foram transferidos e operados em outras unidades da rede de atenção. Já no Rocha Faria, o tomógrafo, que estava com defeito havia três meses, foi consertado e voltou a funcionar.

 

 

 

Com os dois hospitais inseridos na rede municipal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passou a oferecer 4.173 leitos – a maior rede de leitos hospitalares do país – e a ser responsável por quase 100% dos nascimentos em maternidades públicas da cidade (são cerca de 50 mil partos realizados por ano na rede de atenção do município). O investimento da Prefeitura do Rio em saúde passou de 21% de seu orçamento anual para 25%, acima do que determina a legislação. Somente neste ano o gasto previsto para o setor é de mais de R$ 5 bilhões.

 

  

Hospital Municipal Albert Schweitzer 

Do dia 8 ao dia 31 de janeiro, o Hospital Municipal Albert Schweitzer fez 5.112 atendimentos de emergência; 1.052 internações; 287 cirurgias e 189 partos. Oitocentos e quarenta e dois pacientes receberam alta e 92 que aguardavam para realizar cirurgias foram transferidos para unidades especializadas da rede municipal e operados. O hospital conta atualmente com 2.660 profissionais, dos quais 409 são médicos.

 

 

Entre as mudanças imediatas realizadas, destacam-se a integração da unidade à Central de Regulação do município, com a inserção da totalidade de seus leitos na plataforma da Subsecretaria de Atenção Hospitalar Urgência e Emergência; a remoção das grades que isolavam o prédio; a criação do Espaço Família, para acolhimento dos parentes de pacientes internados; a ampliação do horário de visita em todos os setores; e a capacitação das equipes de acolhimento e classificação de risco, com organização de novos espaços na recepção e para o atendimento de urgências de clínica médica, ortopedia e pediatria.

 

 

A Prefeitura do Rio abriu ainda um novo refeitório para atender funcionários e acompanhantes, com capacidade ampliada para servir 600 pessoas por refeição (café da manhã, almoço, lanche e jantar). Obras também foram realizadas em ruas do entorno, melhorando o acesso ao prédio do hospital.

 

 

Para os próximos meses, o plano de ações para a unidade prevê investimentos de R$ 5,580 milhões em obras de reforma da emergência; R$ 5 milhões em reformas e climatização das enfermarias; e R$ 9 milhões em novos equipamentos e mobiliário, incluindo um novo tomógrafo, nova central de esterilização (duas autoclaves, uma termodesinfectadora, uma lavadora ultrassônica), duas camas pré e pós-parto, 200 poltronas de acompanhantes, 200 kits de enfermaria (cama, armário e mesa), cinco mesas cirúrgicas e cinco focos cirúrgicos. Também estão previstos R$ 3,9 milhões para a demolição e retirada do entulho do prédio do antigo Hospital Olivério Kraemer, ao lado do Albert Schweitzer. Ao todo, os investimentos na unidade somarão R$ 23,480 milhões.

 

 

Hospital Municipal Rocha Faria 

Do dia 11 ao dia 31 de janeiro, o Hospital Municipal Rocha Faria fez 1.445 atendimentos de emergência; 444 internações; 123 cirurgias e 250 partos; e 986 pacientes receberam alta. O Hospital Estadual Rocha Faria tinha uma grande relação funcionários/leito, 7,9, com um número excessivo de profissionais, muitos deles desviados do atendimento ao público para outras funções, como a assistência exclusiva aos servidores da própria unidade. Eram cinco vínculos diferentes: estatutários, contratados por fundação, cooperativados, celetistas contratados por OS e terceirizados. Hoje, o Hospital Municipal Rocha Faria conta com 1.431 profissionais contratados pela organização social gestora, o Hospital Maternidade Terezinha de Jesus, e apenas os serviços especializados são terceirizados, como limpeza, segurança e alimentação. Neste sábado (06/02) será inaugurado o sistema de controle de ponto por biometria. Dos 1.050 servidores estaduais que atuavam no hospital, 679 foram remanejados pela Secretaria Estadual de Saúde para outros hospitais da rede de atenção do estado.

 

 

 

Entre as mudanças imediatas realizadas, o tomógrafo, que estava parado com defeito havia três meses, foi consertado e voltou a funcionar em menos de uma semana. A totalidade dos leitos da unidade passou a ser integrada à plataforma de acompanhamento da Central de Regulação; foram feitas mudanças nos processos de acolhimento e classificação de risco. O hospital, que funcionava acima da capacidade, com muitos leitos extras, está passando por ajustes para revisão da capacidade instalada para atendimento às novas normas técnicas. Não há mais pacientes internados em corredores.

 

 

Para os próximos meses, o plano de ações da Prefeitura do Rio para a unidade prevê investimentos de totais de R$ 15,160 milhões, sendo R$ 7,310 milhões para a reforma da Emergência; R$ 1,850 milhão para reforma e climatização das enfermarias; e R$ 6 milhões para a aquisição de equipamentos e mobiliários, entre eles novo tomógrafo, três autoclaves, uma lavadora ultrassônica, oito camas pré e pós-parto, cem poltronas e cem kits de enfermaria (cama, armário e mesa).

 

 

 

No planejamento de obras estão previstos a reorganização da emergência, com novas salas de trauma, Vermelha, Amarela masculina e feminina; novos acessos para a urgência (clínica médica, ortopedia e pediatria) e exclusivo para a maternidade; novo acesso para acompanhantes; ampliação da área pediátrica adequada ao número de atendimentos; urbanização dos acessos e estacionamento; e nova câmara mortuária. Uma sala que funcionava como ambulatório para atendimento exclusivo de servidores do hospital receberá nova destinação como consultório para atendimento pós-cirúrgico de ortopedia e cirurgia geral. Já a sala antes destinada a uma associação de servidores está sendo reformada para funcionar como Núcleo Interno de Regulação (NIR).
 

 

 

1 COMENTÁRIO

  1. Esperamos que todas as ações e mudanças seja, de fato, para o benefício da população e não seja mais um capítulo de desvio de dinheiro público e má gestão como ocorrido no Hospital Municipal Pedro II, também desta prefeitura.

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