Fotos: Beth Santos
O prefeito Eduardo Paes inaugurou, na manhã de domingo (29/11), no pé do Morro da Serrinha, em Madureira, a nova Casa do Jongo, ritmo precursor do samba. O espaço de quase dois mil metros quadrados foi instalado em imóvel cedido pela Prefeitura do Rio e vai servir de sede para a ONG Grupo Cultural Jongo da Serrinha, que luta pela preservação do ritmo no país.
– O jongo faz parte da cultura negra do nosso país e dessa região de Madureira, com essa escola de samba fantástica que é o Império Serrano. Esse lugar será de muita festa, de ponto de encontro e de muita reflexão sobre a nossa cidade – disse Paes.
Totalmente reformada, a Casa do Jongo possui salão para danças, auditório para 30 pessoas com projetor, estúdios, salas para cursos profissionalizantes, espaço para exposições permanentes, lojas, refeitório e salas administrativas. O térreo do imóvel recebeu um projeto paisagístico com pedras portuguesas fazendo um mosaico em referência a desenhos africanos.
A Casa do Jongo conta ainda com cineclube, galerias, escola de artes, horta comunitária, ambiente para rezas e terreiro para jongo e capoeira. A estética da Casa do Jongo é baseada em uma espécie de museu do subúrbio, que reúne objetos contemporâneos e peças de casas comuns das décadas de 40, 50 e 60, como filtros de barro, móveis populares e toalhas estampadas de chita.
As seis escolas e creches municipais nos arredores do Morro da Serrinha poderão contar com a infraestrutura do novo espaço para atividades como canto, jongo, cavaquinho, teoria musical, cultura popular, percussão, cinema, artes, horta, jogos e contação de histórias.
Responsável pela ONG Jongo da Serrinha, Tia Maria não conteve a emoção ao agradecer pela construção desse centro de referência na comunidade:
– Hoje é um dia muito feliz. Estou tão contente que a voz não quer sair. Então, só me resta agradecer muito à Prefeitura do Rio por esta parceria.
Mais sobre o Grupo Cultural Jongo da Serrinha
O Grupo Cultural Jongo da Serrinha tem 50 anos e foi criado no bairro de Madureira, Zona Norte da cidade. O grupo promove ações integradas entre cultura, arte, memória, desenvolvimento social, trabalho e renda. Sua formação se deu a partir de Mestre Darcy Monteiro, já falecido, e sua família, que convidaram as antigas jongueiras Vovó Teresa, Djanira, Tia Maria da Grota e Tia Eulália.
Há 13 anos se tornou oficialmente uma Associação Sem Fins Lucrativos e vem atuando em parceria com o poder público, privado e instituições internacionais. Em 2005, o jongo foi tombado pelo IPHAN como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio, e um dos seis primeiros do país, graças a uma iniciativa do Jongo da Serrinha.
Parabéns ao Prefeito Eduardo Paes, depois do Parque de Madureira essa valorizaçao do Jongo e do Morro da Serrinha vem mostrar que alguém valoriza a cultura negra.Esse alguém também deve ser valorizado para que possa fazer cada vez mais não só pela cultura negra mas pela atração e frequencia de visitantes nestas comunidades, da mesma forma como se dá nas Escolas de Samba. Parabéns Prefeito e moradores da Serrinha…