O Senado decidiu exonerar funcionários da área de comunicação da Casa, sendo a maior parte da TV Senado, para adquirir novos equipamentos para a emissora oficial da instituição. O órgão vai reduzir em R$ 5 milhões o contrato de servidores terceirizados, contratados sem concurso público pelo departamento.
Crédito:Agência Brasil

Segundo a Folhapress, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou a decisão na última quinta-feira (15/5), no plenário. “Essa lógica, esse modelo, acaba limitando a capacidade de novos investimentos na modernização de áreas estratégicas. Gastou-se em gigantismo em detrimento dos investimentos em modernização”, ponderou o senador.
Segundo ele, a medida deve ser realizada, pois há “estruturas redundantes” na TV Senado que necessitam ser encerradas, além de um grande número de servidores sem concurso realizando funções semelhantes a de efetivos.
A Casa ainda não sabe ao certo quantos servidores serão exonerados porque, de acordo com o senador, a intenção é baixar o preço total do contrato de terceirizados. A maneira com que a economia será alcançada será planejada pela diretoria de comunicação da instituição.
Renan Calheiros ponderou que a área de comunicação tem hoje 286 servidores efetivos, 336 terceirizados, 12 comissionados e 20 estagiários. “Ao que tudo indica, há um relativo super dimensionamento dos quadros de nossa comunicação social que merece, de fato, um ajuste”, completou.
Abandono
Em março deste ano, servidores relatam que a TV Senado, fundada em 1996, estava em situação de sucateamento e abandono. Funcionários trabalhavam em condições insalubres e equipamentos sem manutenção por praticamente um mês em decorrência dos cortes no orçamento impostos por Renan desde que assumiu o comando da instituição.
SJPDF critica cortes
À IMPRENSA, o coordenador-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF), Jonas Valente, explicou que Calheiros discute o corte com a empresa Plansul, a qual mantém todos os terceirizados, não só da TV, mas de toda a secretaria de comunicação do Senado, além dos 320 que estão no contrato, dos quais 212 são da TV, que sofreria um impacto maior.
Segundo Valente, o presidente da Casa pediu estudos e sinaliza um corte de 40% do contrato. Para ele, o impacto seria grande, pois o contrato é composto basicamente pela parte técnica, o que prejudicaria inclusive os outros profissionais e o conjunto dos veículos, especialmente a TV.
O coordenador afirmou que depois da pressão feita pelo Sindicato e pelos próprios trabalhadores, houve uma decisão de reduzir de 40% para 15%. “Continuamos contrários a qualquer corte, mas isso parece ter sido uma posição muito consolidada por Renan e a Mesa. Pretendemos debater com a direção do Senado onde será esse corte. Vamos estudar o contrato para ver a possibilidade de reduzir o mínimo possível as demissões ou a não renovação dos contratos das pessoas. A ideia é que impacto seja o menor possível nos postos de trabalho e na qualidade da cobertura”, acrescentou.
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