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Primeiro Fórum Regional discute o crack na UERJ

Nesta quinta-feira (27/08), foi realizado, no auditório da UERJ, o “I Fórum Regional do Crack da Segunda Coordenadoria de Assistência Social” com o objetivo de discutir com representantes dos órgãos municipais da saúde, segurança, educação, esporte e lazer, dentre outros, como cada um, dentro da sua pasta, pode auxiliar no combate ao consumo crescente do crack.
 
No evento, foi traçado um perfil dos dependentes, que estão entre 13 e 15 anos e foi desmistificado que o crack se concentra na Baixada Fluminense, já que 56% dos casos são do município do Rio. Dentre os principais motivos que levam à dependência estão o conflito familiar, em mais de 50% dos casos; a violência doméstica e o trabalho infantil, como segundo e terceiro lugar respectivamente.
 
A secretaria de Assistência Social apresentou a proposta de ampliar a Casa Viva, instituição que cuida de crianças dependentes de até 12 anos e de criar mais quatro casas. Segundo o secretário de Assistência Social, Fernando Wiliam, dentro de todas as emergências da sua pasta, o crack se sobressai.
 
– O crack não é uma droga como outra qualquer, devido ao seu enorme poder viciante já virou uma epidemia que está envolvendo especialmente a população mais pobre – disse o secretário.
 
Convidado a participar da mesa, o administrador regional de Copacabana, Paulo Heráclito ressaltou a importância da operação de Acolhimento de População de Rua, que já acolheu, desde o início do ano, uma média de 695 adultos e 249 menores contabilizando mais de 20 operações realizadas. O administrador também revelou uma parceria que está desenvolvendo com a Secretaria Especial de Prevenção á Dependência Química.
 
– É a primeira Região Administrativa que procura a secretaria de Prevenção, pretendemos realizar operações de fiscalizações em bares e boates em conjunto com ações de prevenção às drogas com uma linguagem alegre e informal, dirigida principalmente aos jovens – defendeu Paulo Heráclito.
 
O fórum, que acontecerá a cada quinze dias, nasceu a partir de quatro encontros, nos quais uma comissão foi eleita para elaborar e organizar as propostas que cada área, de acordo com sua competência, preparou.
 
– A Saúde propôs a ampliação da estrutura dos centros de tratamento para dependência química, a Segurança planeja traçar um plano de investigação de como o crack chega às ruas, a Educação vai entrar com um trabalho preventivo nas escolas, ou seja, estamos trabalhando em conjunto para se chegar a ações efetivas e preventivas de combate ao crack  – disse a coordenadora da 2ª CAS, Cláudia de Castro.

 

Fonte: Uerj