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Problemas em obras do Comperj

O presidente da Comissão da Assembleia Legislativa do Rio criada para acompanhar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado, deputado Rodrigo Neves (PT), irá a Brasília na próxima semana para esclarecer, junto ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Ubiratan Aguiar, os problemas apresentados em relatório do TCU que fizeram com que as obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) fossem paralisadas. "Vivemos em um ambiente de muito cuidado e foi um excesso de cuidado que acarretou na paralisação das obras no dia 22 de junho, colocando em risco o emprego dos trabalhadores. Graças às reuniões que estamos realizando, as obras já voltaram. Espero com o encontro em Brasília garantir que, daqui a 60 dias, as obras não voltem a parar. Não queremos mais sustos", comentou o parlamentar, que, nesta segunda-feira (03/08), discutiu o assunto durante encontro na Prefeitura de Itaboraí, na região Metropolitana do Rio.
 
Além do deputado Rodrigo Neves, também participaram da reunião o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno; o presidente do Consórcio de Municípios do Leste Fluminense (Conleste) e prefeito de Tanguá, Carlos Pereira; os prefeitos de São Gonçalo, Aparecida Panisset, e de Itaboraí, Sérgio Soares, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Montagem de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticon), Manoel Vaz. Segundo o representante do Governo estadual, a reunião em Brasília será fundamental para a definição de uma estratégia única de controle nas contratações do Comperj. "Que isso não implique, mais uma vez, na paralisação das obras. O Comperj é um empreendimento muito importante para o desenvolvimento do estado e para a economia do Brasil. Ele não pode ficar sujeito a paralisações. Evidentemente que as obras devem ser fiscalizadas, mas que tenhamos um entendimento especifico para o complexo, levando-se em conta a importância econômica desse empreendimento", explicou Bueno.
 
A reunião desta manhã também foi importante para a confirmação da continuidade das obras no local. De acordo com o presidente do Sinticon, esta segunda marcou a volta de todos os trabalhadores que tinham paralisado seus serviços no último dia 22 de junho. Uma das consequências da interrupção foi a ameaça de demissão de 3.700 funcionários que trabalham no setor de terraplanagem. Um acordo da Petrobras com o consórcio que realiza as obras garantiu a retomada dos serviços por mais 60 dias. "As obras já voltaram e 100% dos trabalhadores estão na ativa a partir de hoje. Mas ainda não estamos totalmente tranquilos, porque só existe um acordo para os próximos dois meses. É necessária uma pressão de todas as partes para que as obras não voltem a parar. A mobilização de todos os setores do País, como patrões, trabalhadores e governantes, será importantíssima para o andamento de um empreendimento da importância do Comperj", comentou Manoel Vaz.
 
Apesar dos diversos problemas enfrentados pela Petrobras, o presidente do Comperj, Nilo Vieira, garantiu que as obras não estão atrasadas e que o prazo final marcado para 2012 será cumprido. "A Petrobras se esforçou muito para que não houvesse paralisação. As negociações estão sendo feitas para que as obras continuem. Foram mais dias de chuvas do que o previsto e fomos forçados a uma reprogramação das obras. Mas posso garantir que as obras estão no prazo", ratificou. Também ficou definido durante o encontro que a comissão presidida pelo deputado Rodrigo Neves e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico estarão sempre representadas nas reuniões que acontecerão a cada 45 dias com representantes do Comperj e com os prefeitos das cidades envolvidas no empreendimento.

 

 

Fonte: Alerj