O Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetais (Prove), lançado pela Secretaria do Ambiente em 2007 na Região Metropolitana, começa agora sua expansão para o interior do estado. Segundo o coordenador do programa, Eduardo Caetano, em entrevista a uma rádio carioca, nesta quarta-feira, mais 30 municípios fora do Grande Rio deverão ganhar postos de recolhimento do óleo de cozinha usado para reaproveitamento na produção de biodiesel e sabão pastoso.
– Temos feito reuniões com secretários municipais de meio ambiente de determinadas cidades com o objetivo de implantar em seus municípios o programa e também para que eles sejam multiplicadores da idéia junto aos colegas das cidades vizinhas para que, assim, possamos incrementar em todo o estado a captação desse óleo – completou o coordenador.
O óleo vegetal, usado para frituras de alimentos, é altamente poluidor da natureza quando despejado em pias ou mesmo diretamente no meio ambiente. O Prove foi criado há quase três anos pelo então secretário do Ambiente, Carlos Minc, hoje ministro do Meio Ambiente, exatamente para possibilitar o reaproveitamento industrial desse óleo saturado. Hoje, há uma rede de mais de 50 cooperativas na Região Metropolitana trabalhando com o programa.
– Este óleo é bastante prejudicial ao meio ambiente, porque é de difícil diluição. Quando jogado fora indevidamente, ele vai para rios, canais e riachos e daí para lagoas, Baía de Guanabara e o mar – explicou Caetano.
Na época do lançamento, o óleo coletado deveria servir principalmente para a produção de biodiesel, mas problemas técnicos na Refinaria de Manguinhos, com quem a Secretaria do Ambiente tinha firmado convênio, adiaram essa destinação. O material recolhido então passou a ser direcionado para fábricas de sabão pastoso. Para aumentar essa produção, a Secretaria do Ambiente formalizou parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins (Abisa), que reúne diversos fabricantes de sabão.
O convênio incluiu a instalação de um centro de filtragem de óleo de cozinha usado próximo à fábrica do Sabão Português, na Avenida Brasil, em Benfica, para a retirada das impurezas, aumentando o valor de venda do produto. Cada litro de óleo usado filtrado é vendido por cerca de R$ 1.
A Secretaria do Ambiente não abandonou a idéia de usar o óleo também na produção de biodiesel. Para isso, planeja instalar uma usina de produção desse combustível em Resende, na Região do Médio Paraíba, e na capital do estado. O plano é aumentar de 2% para 5% a quantidade de biodiesel misturada ao combustível dos ônibus que circulam pela Região Metropolitana, reduzindo a poluição atmosférica e a emissão de gases de efeito estufa.
O óleo é recolhido em pontos de entrega, hotéis, restaurantes e bares. Com o aumento da demanda, mais postos de coleta estão sendo instalados, inclusive em redes de supermercados. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 21 2598-9240 e 2598-9242) ou pelo e-mail [email protected]
Fonte: Governo do Rio
