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Projeto ajuda a despertar o interesse de estudantes da rede pública

Uma caminhonete itinerante leva experimentos científicos e atividades educacionais para as crianças e os professores do ensino básico de diversas escolas públicas do município do Rio. Trata-se do projeto “O ICB vai à escola”, contemplado pela Faperj com o edital Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas da Rede Pública Sediadas no Estado do Rio de Janeiro, na edição de 2012.

 

 

O projeto é coordenado pelos neurocientistas Roberto Lent, que é professor e diretor do Instituto de Ciências Biomédicas – o ICB da sigla contida no título do projeto – da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Flavia Regina Souza Lima, também coordenadora do projeto e, igualmente, professora do Instituto.

 

– O apoio da Faperj permite que possamos dar continuidade a essa iniciativa, que surgiu há cerca de cinco anos, com o apoio do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], e chamava-se Ciência sobre Rodas – disse Lent.

Acompanhados por uma equipe de monitores, eles realizam visitas regulares, semanais, às diversas escolas públicas recomendadas pela 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) do Rio de Janeiro, em bairros como Ilha do Governador, Brás de Pina, Vila da Penha, Olaria e as comunidades da Maré e do Alemão.

– Toda quarta-feira de manhã visitamos uma escola pública municipal diferente. A caminhonete itinerante leva a equipe do ICB/UFRJ à escola previamente agendada, de acordo com as orientações da 4ª CRE – conta o coordenador.

Na escola, são realizadas atividades práticas e lúdicas sobre o corpo humano, que ajudam a motivar as crianças para o estudo da ciência.

– Sempre contamos com a participação do professor de ciências da escola. Se a função do professor é passar o conteúdo regular, a nossa é estimular as crianças para a ciência – destaca o neurocientista.

Para aprender ciência brincando

Uma das atividades incluídas no programa é uma brincadeira em que os estudantes do oitavo ano tentam adivinhar como é o cérebro humano.

– As crianças, que não têm noção de como é o cérebro, tentam desenhá-lo da forma como elas imaginam que o órgão seja, em toucas brancas, que outros colegas utilizam. Depois, realizamos uma palestra sobre como realmente é o cérebro, com data show e exibição de modelos em material plástico. Só então elas redesenham o cérebro corretamente – detalha Lent.

Flavia Lima lembra que outra atividade realizada pela equipe do ICB para despertar a curiosidade pela ciência nas escolas é a oficina do esqueleto.

– As crianças, divididas em grupos, têm que montar um esqueleto a partir de moldes de ossos, como um quebra-cabeças. Depois de erros e tentativas, é realizada uma palestra sobre a anatomia do corpo humano, com ajuda de um esqueleto já montado corretamente – diz.

Atividades sobre outros órgãos do corpo humano, como coração, rins e pulmão, também são realizadas pela equipe do ICB nas escolas.

 

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