Quem deseja concluir os estudos de um jeito diferente e interativo não pode perder a chance de se inscrever no projeto Autonomia, uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação e a Fundação Roberto Marinho. A iniciativa utiliza a metodologia do Telecurso, com recursos audiovisuais, e este ano prevê a formação de 560 turmas de Ensino Fundamental e Ensino Médio. Os interessados devem acessar o site da Secretaria de Educação (www.educacao.rj.gov.br), até o dia 5 de março. As aulas começam em abril.
A proposta é corrigir a distorção causada pela repetência e minimizar as consequências resultantes desse atraso escolar, inclusive a evasão. Para participar, o aluno deve ter, no mínimo, 15 anos, para cursar o Ensino Fundamental, e 17 anos, para o Ensino Médio.
De acordo com a gerente pedagógica do projeto na Seeduc, Rosana Mendes, muitas novidades aguardam as turmas.
– Em cada Coordenadoria Regional, teremos uma equipe multidisciplinar para atuar com os supervisores num planejamento integrado. Vamos dar suporte ao aluno no que diz respeito ao Enem e ao vestibular, visando também à continuidade de seus estudos.
Profissionais capacitados
De segunda (22/02) até a próxima sexta-feira, 276 professores, 74 supervisores e 30 articuladores de Ensino Médio participam da 3ª formação do projeto Autonomia. O curso acontece, simultaneamente, em sete polos, localizados no Rio (Centro e Campo Grande), Nova Iguaçu, Niterói, Nova Friburgo, Resende e Itaperuna.
Durante a capacitação, o professor aprende as teorias da metodologia Telecurso e vivencia, através de oficinas e dinâmicas em grupos, todas as atividades desenvolvidas pelos alunos.
– Esta formação está privilegiando a troca de experiências. É uma maneira de valorizar o trabalho. Do mesmo modo que em sala de aula, a construção do conhecimento vai acontecer em grupo – explicou Helena Jacobina, da Fundação Roberto Marinho.
O eixo temático trabalhado é “O Ser Humano em Ação – para onde vou?”, com foco nas disciplinas de Sociologia, Química e Geografia.
– As dinâmicas e atividades são elaboradas a partir do retorno que os professores nos dão e funcionam como propostas. A ideia é que eles adaptem a sua realidade, conversem com outros docentes e verifiquem o que pode ou não funcionar com seus alunos – destacou Camila Carnevale, uma das formadoras do Telecurso no Polo 1 (Rio de Janeiro), onde também atuam Elisângela Inácio, Carla Rodrigues e Luíza Pires.
Camila destacou o alto nível dos professores da rede estadual participantes do Autonomia.
– Ficamos felizes com a qualidade dos docentes, que vieram por adesão espontânea. A Secretaria de Educação teve um papel fundamental também na viabilização do projeto.
Seja em debates com colegas de turma ou durante análise individual dos temas das teleaulas, os estudantes mudam o seu modo de pensar e observar o que os cerca.
– O aluno começa a resolver seus próprios problemas. Mesmo os mais tímidos modificam seu comportamento e contribuem com a turma. Outro ponto positivo é a interação total com o professor – conta o supervisor da Metropolitana III, Maurício de Carvalho, responsável por dez escolas.
O Autonomia começou em 2009, e os resultados da turma que se forma no segundo semestre já começam a aparecer.
– Uma das minhas alunas chegou desmotivada e sem objetivos, mas recentemente me disse que quer prestar vestibular. Acredito no potencial dos meus alunos – comemorou Marcela Medeiros Gonçalves, do CE Nazira Salomão, em Angra dos Reis.
Confira o endereço dos polos da 3ª formação, no site Conexão Professor.
Fonte: Secretaria de Educação