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Projetos ambientais no Aterro de Gramacho

O governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e a presidente da Comlurb, Angela Fonti, participam na segunda-feira (18/01), às 15h, no Palácio da Cidade, da cerimônia de assinatura do contrato de venda pela empresa Gás Verde SA do biogás purificado, produzido na Usina de Biogás do Aterro de Gramacho, para a Petrobras.

O contrato, válido por 20 anos, vai garantir a sustentabilidade da Usina de Biogás e da Estação de Tratamento do Chorume, além de beneficiar a associação de catadores do Aterro. A empresa Gás Verde SA é que detém a exploração da Usina e da Estação no Aterro.

– A Usina e a Estação de Tratamento de Chorume são projetos de custo alto para serem mantidos. Com o Gás Verde além de mantermos sustentáveis os projetos de preservação do meio ambiente e continuarmos ganhando crédito de carbono, vamos receber receitas pela venda do gás – afirma a presidente da Comlurb, Angela Fonti.

Com o chamado Gás Verde, a Petrobras passa a comprar o gás – que antes era queimado na Usina de Biogás e transformado em crédito de carbono -, para usar como fonte de energia na Refinaria de Duque de Caxias.

A Usina de Biogás foi inaugurada em junho do ano passado como um passo histórico em direção ao esforço global para combater o aquecimento global. O gás produzido no aterro em decorrência do lixo e que era lançado diretamente na atmosfera, passou a ser captado pela Usina e queimado, deixando de prejudicar o meio ambiente. Agora, o município não só ganha créditos em carbono como recebe receitas pela venda do gás.

Um mês antes, foi lançada no Aterro a Estação de Tratamento de Chorume, com capacidade de tratar diariamente, 1.920m³ desse tipo de efluente, tornando-se uma das maiores unidades do mundo. O chorume é o líquido extremamente poluente formado pela mistura da água de chuva e do lixo que ficava exposto no aterro. Com a estação, o chorume passou a ser tratado e transformado em água reutilizável. Antes da Estação, o material era despejado diretamente na Baia de Guanabara.

Cada tonelada de gás deixada de ser lançada corresponde a um crédito em carbono, que vale em torno de 11 Euros. Em 15 anos, o valor acumulado dos créditos chegam a R$ 253,9 milhões. Já a venda do gás para a Petrobras neste mesmo período, será de 1,5 bilhão de metros cúbicos.

O gás será levado a Refinaria de Duque de Caxias por meio de dutos. A Usina tem capacidade de queima de 20.000 Nm³/h, em três flares e evita que cerca de 75 milhões de metros cúbicos de metano por ano sejam liberados para atmosfera.

– O Aterro de Gramacho é hoje quase todo coberto com argila, em nada lembrando o antigo cenário do local. Não há mais lixo descoberto e todo o material poluente é destruído e renovado. Agora, a venda desse material irá gerar não só crédito de carbono, mas receitas para manter os projetos e ainda ajudar os catadores – explica Angela Fonti.
Apenas uma pequena parte do Aterro foi deixada descobe

rta para que os cerca de 800 catadores que ganham sua sobrevivência com a coleta do lixo não fossem prejudicados. Mas parte da receita da venda do Gás Verde será usada para formar um fundo social de auxílio aos catadores para que sejam treinados e possam ser inseridos no mercado de trabalho formal em outras funções.

– A idéia é fazer com que ganhem uma profissão que pode ser de soldador, pedreiro, eletricista ou outra e tenham mais chance de reconstruir suas vidas no mercado formal. Depois fechamos todo o Aterro e não haverá mais nenhuma parte descoberta. Se contabilizarmos as famílias desses catadores que ainda dependem dessa pequena parte o número pode chegar a 3 mil – diz Paulo Mancuso Tupinambá, sócio da empresa Gás Verde SA. 
 
 

 
 
 

 

 

Fonte: Comlurb