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Projetos socioambientais vão capacitar moradores da Maré

O Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, vai receber uma série de ações socioambientais, que vão contribuir com o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) por meio da inclusão social. As iniciativas, que preveem a capacitação de mil moradores para atuarem como agentes ambientais, foram apresentadas nesta quinta-feira (3/4).

 

Os alunos do curso serão capacitados por professores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), com oficinas de Guarda Responsável e Diagnóstico Participativo, entre outras. Além da parte teórica, as turmas terão aulas práticas envolvendo campanhas contra a dengue e o cuidado com o descarte do lixo.

 

Após a capacitação, os agentes vão colaborar para a execução de projetos ambientais, culturais e sociais, integrando a comunidade. Atuarão ainda como multiplicadores de boas práticas ambientais, na resolução de problemas locais e no processo de transformação da realidade socioambiental e econômica da Maré. O principal objetivo das ações é promover o resgate da autoestima e da cidadania dos moradores da Maré.

 

“Além do aumento da participação das pessoas, a comunidade tem que crescer com o apoio do Estado, de dentro para fora, de forma endógena”, disse o secretário do Ambiente, Indio da Costa.

EcoModa e EcoBuffet

 

A Secretaria do Ambiente também vai implantar no complexo os projetos EcoModa e EcoBuffet para movimentar a economia local. O EcoModa oferece capacitação nas áreas de costura, modelagem, desenho, ilustração de moda e estamparia a partir de materiais recicláveis. O EcoBuffet promove a capacitação em aproveitamento integral de alimentos, culinária, empreendedorismo e educação ambiental.

Alexandre Eduardo da Silva, da equipe de atletismo da Vila Olímpica da Maré, afirmou que as iniciativas ambientais são bem-vindas na comunidade. O militar aposentado mora há 43 anos no complexo e identificou a questão do descarte de lixo como uma preocupação da comunidade.

 

“A campanha do lixo a partir da capacitação dos agentes ambientais será muito importante para melhorar a qualidade de vida na Maré. É preciso que as crianças, jovens e adultos aprendam a ter cuidado com o lixo, não jogar nada nas valas, no chão. Tem que jogar no lugar certo e, para isso, a educação ambiental vai ser maravilhosa”, afirmou Alexandre.

 

A diarista Maria Bernadete Pereira, de 47 anos, disse estar ansiosa para inscrever-se nos cursos de capacitação e espera se tornar uma das multiplicadoras.

 

“Aprender coisas novas é sempre muito bom. Até hoje só aprendi na vida a cuidar de casa, filhos e marido. Agora quero aprender outras coisas para ganhar dinheiro”, disse a diarista.

 

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