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Resíduos sólidos serão convertido em energia

Com o avanço nas ações para erradicar os lixões e implantar aterros sanitários em todo o território fluminense, o Governo do Estado quer incentivar programas que convertam lixo em energia. O pontapé inicial foi dado pela Secretaria de Estado do Ambiente e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ao fixarem, como condicionante no processo de licenciamento ambiental para o aterro sanitário de Seropédica, a conversão de 10% dos resíduos sólidos em energia, em até cinco anos.
Segundo a presidente do Inea, Marilene Ramos, em palestra no segundo dia do seminário Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, promovido nesta quinta-feira (27/10) no auditório do Ministério Público Estadual, no Centro do Rio, a concessionária responsável pelo empreendimento está fazendo uma parceria com a empresa de energia elétrica Light para a construção da usina.
– Para o licenciamento ambiental do aterro sanitário de São Gonçalo, nós adotamos critério similar como condicionante. Acabar com os lixões e instalar aterros sanitários significa passar do século XIX para o século XX, e transformar lixo em energia significa entrar para o século XXI – disse.
Durante o seminário, Marilene Ramos falou também do Programa de Compra do Lixo Tratado, de apoio financeiro para prefeituras despejarem seu lixo em aterros sanitários. O programa prevê a destinação de recursos para custear parte do pagamento pelo envio do lixo aos aterros sanitários licenciados já em operação no estado.
– É uma forma de incentivar as prefeituras a lançar o seu lixo em aterros sanitários, solução ecologicamente correta para a destinação final de resíduos sólidos – explicou a presidente do Inea.
No seminário, o superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria de Estado do Ambiente,Vitor Zveibil, fez um balanço do programa Lixão Zero, que tem como meta encerrar todos os lixões do Rio de Janeiro até 2014. A Secretaria do Ambiente e o Inea, responsável pelo licenciamento ambiental, estão incentivando a criação de consórcios municipais para racionalizar a destinação de resíduos do estado. Cerca de oito consórcios foram projetados em todo o estado, reunindo os municípios de pequeno e médio portes.
Segundo ele, com a nova política de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro, busca-se primeiramente a redução dos resíduos gerados, por meio de programas de educação ambiental e de transformação da matriz de produção e de consumo da sociedade. Em paralelo, programas de coleta seletiva e de logística reversa devem apontar para o máximo aproveitamento dos potenciais de reciclagem, gerando novos empregos nessas atividades.
Por sua vez, o programa Recicla-Rio vem avançando na implementação de iniciativas de logística reversa para cada tipo de resíduo, em que os fabricantes se responsabilizam pelo descarte adequado de produtos usados como pneus, lâmpadas fluorescentes, eletroeletrônicos, vidros, resíduos de construção e de demolição.

Fonte: Governo do Rio