Em meio à greve dos profissionais de educação no estado do Rio de Janeiro, alunos de escolas públicas nesta sexta, dia 11, pela primeira vez, uma assembleia paralela à dos servidores. Além de dar apoio à greve – que completa dez dias neste sábado (12) –, os estudantes se organizam para cobrar melhorias estruturais nos colégios, merenda em tempo integral e material para as aulas. Desde o início da paralisação, eles participam de protestos no centro do Rio e em todo o estado.
“As escolas estaduais estão sem condições de ter aula e os estudantes sentem isso”, afirma a presidenta da Associação Municipal do Estudantes Secundaristas (Ames), Isabela Queiroz, uma das organizadoras da assembleia, juntamente com grêmios estudantis, coletivos da juventude e da própria União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), da qual ela faz parte.
Inspirados nos estudantes de Goiás e São Paulo, onde unidades foram ocupadas por jovens que chegaram a acampar nas escolas, a ideia dos estudantes do Rio é ouvir relatos de problemas e unificar as reivindicações. “Hoje estou em uma escola de cerca de mil alunos que só tem um bebedouro e banheiros precários”, disse Isabela, que tem 17 anos e é aluna da Escola Técnica Adolpho Bloch, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Ela visita unidades, convidando para a assembleia.