
O Rio de Janeiro será pioneiro em distritos verdes no país. Depois da Ilha de Bom Jesus, área de 240 mil metros quadrados que abrigará centros de pesquisa em tecnologias sustentáveis, próximo ao Fundão, o Estado negocia a instalação de empresas de energia renovável em Itaguaí, também na Região Metropolitana.
Até 2014, empresas como a L’Óreal, GE, Gás Natural e Cedae, além de instituições de ensino, instalarão na Ilha de Bom Jesus seus centros de desenvolvimento tecnológico, com foco em meio ambiente, energia e saúde. Localizado ao lado do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o distrito é baseado no modelo inglês de bairros ecologicamente corretos.
A iniciativa vai promover a sinergia entre indústria, universidade e Estado, já que concentrará empresas de tecnologia de ponta, fornecedores especializados e infraestrutura. Na área, também funciona uma incubadora de empresas que poderá fornecer serviços para as companhias que se instalarem no distrito.
Segundo a subsecretária de Economia Verde, Suzana Kahn, todo o distrito terá certificação LEED, selo internacional de sustentabilidade. Serão implantados sistemas de reciclagem de lixo e cogeração de energia, com biogás ou gás natural.
– As ruas serão pavimentadas com asfalto borracha, a iluminação será feita com lâmpadas de LED, que consomem menos energia, e as construções terão sistema de tratamento de esgoto e reaproveitamento de água da chuva. Todas as empresas já assinaram protocolos de intenções e vamos oficializar a entrega dos terrenos no dia 18 de junho, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20 – adiantou Suzana.
A ideia é que também nesta data seja divulgado o local do próximo distrito verde.
– Estamos estudando um terreno em Itaguaí para a instalação de empresas de energia limpa e materiais de construção civil produzido a partir do reaproveitamento de resíduos. Vamos fazer um mapeamento para cruzar as vocações com a estrutura física. Duas indústrias já demonstraram interesse: uma das maiores empresas chinesas de energia eólica, e outra espanhola, de energia solar – acrescentou a subsecretária.