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Rio de Janeiro vai atender casos de microcefalia ligados ao zika vírus

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A Secretaria de Saúde lançou ontem o primeiro projeto do país voltado para o acolhimento de crianças com microcefalia expostas ao zika vírus e para gestantes com diagnóstico positivo para a doença. Também será oferecida ultrassonografia que indique possibilidade da malformação no feto. Elaborada pela equipe médica do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC) e pela área técnica da secretaria, a iniciativa prevê o acolhimento das famílias impactadas, com a realização de consultas multidisciplinares e exames de alta complexidade, além da avaliação e indicação de tratamento pela equipe do hospital, uma das principais unidades de neurocirurgia no país. O início do atendimento é imediato para pacientes de todo o estado.

 

 

– O acolhimento das famílias neste momento é fundamental. O atendimento no IEC vai garantir o acesso aos mais completos exames para investigar e diagnosticar as particularidades das condições clínicas dos casos. Com os resultados, será possível indicar o tratamento mais adequado para cada paciente, observando suas necessidades específicas – explicou Luiz Antônio Teixeira Jr.

 

 

A previsão é de que 50 pacientes sejam atendidos por mês, totalizando cerca de 500 atendimentos, entre consultas e exames, que envolverão as crianças e suas famílias, a serem realizadas por equipes multidisciplinares – compostas por pediatras, neuropediatras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicoterapeutas. O projeto prevê ainda que as gestantes com diagnóstico confirmado para a doença e ultrassonografia que indique a possibilidade da malformação neurológica no feto sejam encaminhadas para exames de ressonância. 

 

 

 

– Com profissionais altamente qualificados, o instituto tem a expertise necessária para avaliar e indicar as melhores possibilidades de tratamento para estes pacientes, além da estrutura de excelência. A unidade terá ainda um papel importante na coleta de informações para a realização de estudos sobre o assunto – disse o neurocirurgião Paulo Niemeyer, diretor do IEC.

 

 

O acolhimento é realizado com base em informações da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, que, desde junho de 2015, monitora os casos de microcefalia sob suspeita de ligação com o vírus zika, assim como as notificações de gestantes com exantema (manchas vermelhas na pele). O encaminhamento para o IEC é feito por meio de regulação interna da Secretaria de Saúde. O mapeamento serve ainda para que a secretaria possa manter o acompanhamento individual.