A Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais (Coderte) anunciou o término de uma série de estudos visando a ampla reestruturação dos terminais rodoviários sob sua administração no Estado do Rio de Janeiro. A notícia foi divulgada pelo presidente da estatal. Ronaldo Francisco acrescentou que a iniciativa só se tornou viável após a companhia se organizar administrativamente nesses dois anos de governo Sérgio Cabral, alcançando as condições necessárias à conclusão do projeto que trará um novo modelo de gestão para seus terminais rodoviários.
Segundo Francisco, a nova gestão dos terminais rodoviários da empresa baseia-se num programa de concessão onerosa, em que as unidades serão concedidas à iniciativa privada, mediante remuneração à Companhia. Isso colocará a Coderte como empresa fomentadora de obras, na medida em que, com a receita proveniente da concessão, poderá construir novas rodoviárias nos municípios em que sejam necessárias. O edital da concorrência de concessão onerosa dos terminais rodoviários à iniciativa privada será divulgado em um prazo máximo de 60 dias.
Na Região Metropolitana, a Coderte administra e opera os terminais Coronel Américo Fontenelle (na Central do Brasil), Mariano Procópio (na Praça Mauá), Campo Grande (Zona Oeste carioca), Nilópolis e Nova Iguaçu (na Baixada Fluminense). Atualmente, em cada uma dessas unidades, a Companhia mantém equipes próprias e terceirizadas para os serviços de limpeza e manutenção predial, através de serviço terceirizado. Outra equipe, formada por funcionários, é responsável pela troca de lâmpadas e pequenos reparos. O Terminal Coronel Américo Fontenelle tem um destaque ainda maior: ele será reconstruído para atender às necessidades do Projeto de Implantação do Corredor Viário da Região Metropolitana, atualmente em desenvolvimento na Secretaria de Transportes.
Juntos, esses terminais recebem uma circulação diária de mais de um milhão de pessoas e, como têm estruturas abertas, acabam por facilitar o ingresso de vândalos, contribuindo para a depredação do patrimônio público, principalmente nos banheiros, que ficam abertos ao público sem cobrança de tarifas. Uma necessidade operacional para a segurança dos terminais, e que estará incluída no pacote de medidas a serem adotadas, está a previsão do fechamento das suas áreas físicas. Essa alteração propiciará um maior controle da movimentação de usuários e manutenção patrimonial.
A Coderte conta, periodicamente, com o apoio das polícias Civil e Militar, Fundação Leão XIII, Comlurb, Guarda Municipal e Vigilância Sanitária, entre outros órgãos, para operações de choque de ordem nas dependências dos terminais. Essas ações incluem no âmbito dos terminais rodoviários o recolhimento de moradores e menores de rua, retirada de ambulantes, combate ao transporte clandestino, entre outros. Hoje, o fluxo de passageiros e o quadro da rede viária da Região Metropolitana são muito diferentes da época de construção dos terminais, exigindo uma intervenção radical do governo. Com mais de trinta anos de uso, passando por pequenas obras, Os terminais rodoviários chegaram ao seu esgotamento operacional, necessitando de ampla reforma estrutural.
Por Ascom da Coderte
Fonte: Governo do Estado do Rio