A tranquilidade de um ambiente humanizado, a ausência de filas, a organização e agilidade nos atendimentos não deixam transparecer uma rotina agitada que permite a realização de mais de 20 mil exames por mês no Rio Imagem, Centro de Diagnóstico por Imagem do Governo do Estado, que completa um ano de funcionamento neste domingo (09/12). Só no mês de novembro foram realizados 21.838 exames, atendendo 12.142 pacientes. A média diária de exames saltou de 106, em dezembro, para 718, em novembro: um crescimento de 577%. Já o tempo médio de espera para a entrega de resultados passou de 16 minutos, em março, para 12 minutos, em novembro, o que representa 25% menos tempo.
Atualmente, cerca de 70% dos pacientes são moradores da capital, enquanto 8% são de Duque de Caxias e o restante de mais 90 municípios do Estado. Para suprir o crescente aumento na demanda, serão investidos mais de R$ 6 milhões. Para o início de 2013, estão previstas as entregas de um aparelho de ressonância magnética e de um equipamento de Pet-tomografia, usado no diagnóstico de câncer. A rede pública do Rio tem apenas um semelhante, que fica no Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Segundo o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, a Secretaria continua investindo no Rio Imagem porque entende que realizar diagnósticos representa salvar vidas.
– Atendemos pessoas que vêm do Estado inteiro e que têm acesso, em um só ambiente, a exames de alta complexidade e tecnologia, com atendimento de primeira qualidade, comparável aos melhores do mundo – disse Côrtes.
A ressonância magnética é um dos exames mais requisitados. Cerca de 1.500 ressonâncias são realizadas na unidade, todo mês. De abril a agosto, houve um incremento de mais de 45% nesse tipo de exame. Outra grande demanda é pela tomografia computadorizada. Em novembro, foram realizados 4.739 exames do tipo, um crescimento de 1.191%, frente a abril. Para o diretor-geral do Rio Imagem, Leonardo Veloso Santos, o aumento da demanda se deve ao fato de que o centro de diagnóstico já é uma referência no Estado.
– Somos uma realidade na medicina por imagem, no Rio. Por um lado, o acolhimento aos pacientes é perfeito, eles são bem atendidos, querem voltar. Por outro, estamos virando uma referência técnica. Os médicos solicitam os exames e fazem questão de que sejam feitos aqui, porque sabem que terão uma qualidade igual à do serviço privado – explicou o médico.
Para ser atendido no Rio Imagem, é necessário que o exame seja solicitado por um médico da rede pública. Os pacientes são encaminhados pelas secretarias de saúde da cidade onde moram. É o caso do aposentado Odair Antônio Rodrigues, de Valença, que acompanhou a neta, em setembro, na realização de uma ressonância magnética e de um raio-x. A menina tentava ser atendida há mais de seis meses em hospitais da região, até que o médico a encaminhou para o Rio Imagem.
– A Suelen tem um problema de nascença no pé. Eu já tinha percorrido Valença, Angra dos Reis, Paraty, e só aqui consegui atendimento. Entre a marcação e a realização do exame, passou cerca de um mês. Saio muito feliz – disse o avô da menina, enquanto ela brincava na sala temática, destinada às crianças.
O Rio Imagem possui, também, uma área destinada somente às mulheres, com quatro mamógrafos em funcionamento. O ambiente conta com iluminação especial, e nele são realizadas mais de 2.600 mamografias, mensalmente.
Governo do Rio