Em visita ao Parque Olímpico, o prefeito Eduardo Paes anunciou que quer que parte das instalações provisórias dos Jogos de Londres seja aproveitada nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Paes acompanhou as obras dos equipamentos esportivos, que estão sendo construídos dentro de um projeto de sustentabilidade – a maioria das instalações não é permanente e, depois dos Jogos, serão removidas e poderão ser reutilizadas.
– O Estádio Olímpico vai ser um estádio de 80 mil lugares e 55 mil desses assentos vão ser retirados depois. Nós já estamos discutindo a possibilidade de que esse material provisório do Estádio Olímpico possa, dentro de uma proposta ecologicamente correta, ser utilizado nos Jogos do Rio de Janeiro. Portanto, é uma discussão que nós vamos começar a travar, mas acredito nesta possibilidade – afirmou Paes.
O prefeito viu de perto também a construção do Parque Aquático – considerado a obra de engenharia mais complexa nas Olimpíadas de Londres e que, assim como o Estádio Olímpico, terá uma parte removida depois dos Jogos (apenas 2.500 dos 17.500 lugares previstos serão permanentes). A construção das instalações esportivas e a infraestrutura para 2012 são de responsabilidade da ODA (Olympic Delivery Authority) – órgão equivalente à Autoridade Pública Olímpica que ainda será constituída no Rio e vai reunir os três níveis de governo. Depois do encontro com o diretor-executivo da ODA, David Higgins, Eduardo Paes se disse impressionado com o impacto que os Jogos já causaram na cidade. O Parque Olímpico fica numa área de 1 milhão de metros quadrados, localizado em uma antiga zona industrial na parte oeste da capital inglesa e que estava abandonada antes dos equipamentos esportivos começarem a ser erguidos.
– É incrível o que aconteceu aqui. A capacidade de transformação de uma área degradada da cidade, de uma área sem investimentos que passava por problemas graves e que a olimpíada traz. Acho que o grande ganho dos Jogos, além obviamente do esporte em si, é a transformação que eles podem trazer para uma cidade. Não tenho dúvidas de que essa transformação vai acontecer no Rio – disse o prefeito.
No início da tarde, Paes se reuniu com o prefeito de Londres, Boris Johnson, e foi fechado um convênio entre as duas cidades para a troca de experiência na organização dos Jogos. Os dois prefeitos acertaram um termo de cooperação para que a equipe do Rio acompanhe constantemente os preparativos para 2012.
– O que nós decidimos, eu e o prefeito Boris Johnson, é fazer uma espécie de um termo de ajuste entre Londres e Rio de Janeiro e que vai funcionar já a partir do início do próximo ano. A ideia é que as cidades possam ter esse intercâmbio e principalmente o Rio possa aprender com os erros e acertos de Londres – explicou Eduardo Paes.
Paes passou a tarde reunido com técnicos da prefeitura de Londres responsáveis pelo planejamento olímpico. Em seguida, foi para o aeroporto embarcar para Atenas, na Grécia, onde se encontra amanhã (21/10) com o atual prefeito Nikitas Kaklamanis e com Dora Bakoianis, que foi prefeita da capital grega à época dos Jogos em 2004. Na quinta-feira (22/10), o prefeito do Rio chega a Barcelona para encontros e reuniões com organizadores das Olimpíadas de 1992.
– É impressionante a experiência de Londres no caso do planejamento. O modelo deles nos mostra como é importante nós termos tranqüilidade neste momento, planejar muito para que as coisas de fato possam acontecer. E, quando começarem, têm que acontecer com rapidez, com custo programado e sem sobressalto – declarou Paes.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Prefeito Eduardo Paes