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Rio quer parcerias com exterior

No segundo encontro do Projeto Nossa Gente, desenvolvido pelo Departamento de Recursos Humanos da Casa Civil, foi a vez da Subsecretaria de Relações Internacionais apresentar aos servidores da pasta suas funções e atribuições. Em palestra no Palácio Guanabara, semana passada, o subsecretário José Carlos de Araújo Leitão disse que a criação da repartição surgiu da necessidade de estabelecer parcerias com outros países.

Segundo o ministro (cargo ocupado pelo subsecretário no plano de carreira do Itamaraty), o processo de redemocratização do Brasil, após a queda da ditadura militar, foi fundamental para a reabertura da economia. A partir do governo de Fernando Henrique Cardoso, o país retomou o interesse pela política externa, mas foi na gestão do presidente Lula, em sua opinião, que o Brasil alcançou o posto de ator comercial de peso.

A criação da subsecretaria teve como objetivo atrair investimentos estrangeiros, além de firmar parcerias para qualificar pessoas e trazer para o país experiências bem sucedidas implementadas em outros países.

– O Rio de Janeiro tem vocação internacional e uma grande capacidade de ser a porta de entrada do país, acolhendo tantas comunidades estrangeiras. Por aqui passam muitas autoridades e acontecem, cada vez mais, eventos internacionais. Por isso, faz todo sentido ter uma repartição com este perfil – afirma Leitão.

A escolha de um diplomata para o cargo de chefia se deu pela intenção do governo do Estado de estabelecer maior interação com o Itamaraty e com as embaixadas brasileiras em outros países. A estrutura da subsecretaria foi dividida em quatro assessorias: de Financiamento Externo, de Cooperação Internacional, de Promoção Comercial e Captação de Investimentos e de Relações Institucionais.

O setor de Financiamento Externo promove a interlocução entre o governo e os bancos de financiamento – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ou seja, auxilia as outras secretarias na captação de recursos para projetos, em forma de cooperação técnica não reembolsável (doações) ou empréstimos. Além de analisar as prioridades do Estado e os projetos em pauta, a assessoria garante a adequação e formatação de documentos, participando ativamente das negociações e produzindo material informativo.

Viviane Leffingwell, que chefia o setor, afirma que 14 projetos nas áreas de saúde, transportes, educação, segurança, infra-estrutura, desenvolvimento, meio ambiente, agricultura e turismo estão em andamento, entre eles o Arco Metropolitano, o corredor seletivo da Avenida Brasil e a melhoria do sistema ferroviário.

Auxiliar o governo na elaboração e implementação de políticas públicas e promover maior inserção do Estado no cenário internacional ficam a cargo da Assessoria de Cooperação Internacional.

– Muitas vezes, são criados projetos interessantes, mas faltam recursos, financeiros ou não, para serem postos em práticas. Aí entra a nossa assessoria, que negocia parcerias para a captação de recursos ou transferência de tecnologia e qualificação – afirma a coordenadora Renata Trovão.

O objetivo principal é tornar o relacionamento do Estado com os atores internacionais mais eficiente e duradouro. Para isso, o setor coordena a organização de missões ao exterior, estabelece programas de cooperação e promove o intercâmbio de experiências bem sucedidas. Foi essa iniciativa que permitiu, por exemplo, a implementação de projetos como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades dominadas pelo tráfico e o teleférico do morro Santa Marta, inspirados em programas adotados em Medelín, na Colômbia.

A interação com o setor privado é uma das atribuições da Assessoria de Promoção Comercial e Captação de Investimentos, responsável pela captação do Investimento Estrangeiro Direto (IED) e a ampliação do comércio exterior – tanto das importações quanto das exportações –, organização das vertentes econômicas e comerciais das missões ao exterior e recepção de empresários interessados em investir no Rio.

Em parceria com a Subsecretaria de Comunicação, a coordenadoria, comandada pelo assessor Pedro Spadale, também elabora material institucional sobre o Estado e prepara o site Guia do Investidor, para facilitar a prospecção de mercados e empresas investidoras em potencial. Outra proposta é a criação do RioInternacional, para atrair eventos internacionais que fomentem negócios.

O cumprimento da agenda do governador em viagens externas é a meta da Assessoria de Relações Institucionais. Além da reserva de transportes, hotéis e passagens aéreas, o setor também é responsável pelo controle de pagamento, contratação de serviço de intérprete, recepção e gestão de informações.

– Durantes as missões, o tempo é curto e a agenda é muito extensa, então nosso trabalho é fazer tudo funcionar. E o resultado é imediato, se algo der errado, toda a agenda fica comprometida – diz Giselle Corbellini, assessora da pasta.

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Fonte: Governo do Estado RJ