Os comerciantes e moradores do Recreio estão indignados com a implantação do sistema Rio Rotativo ao longo da Rua Jornalista Amaury Monteiro, próximo à Avenida Pedro Moura, no acesso à Praia da Reserva, realizada pela Prefeitura em conjunto com a CET-Rio, na terça-feira 19/10. Além da via principal foram instaladas placas de autorização para estacionamento no terreno em frente à Padaria Rio do Recreio e ao Centro Comercial do Recreio. A cobrança é efetuada de segunda a domingo, das 7h às 21h, por um período de 2h.
Para o gerente da drogaria Paes Borges, Julio Borges, a iniciativa é desleal. “É mais uma taxa para o cliente pagar. Se quisessem reservar vagas, que o fizessem para os deficientes. Cliente do Recreio só usa carro e agora será obrigado a pagar para estacionar alguns minutos. Não é justo”, reclama. Ele acha que a Prefeitura deveria incentivar os estabelecimentos comerciais a terem seus próprios estacionamentos privados e deixar a via pública liberada. “Isso é um incômodo para o cliente. Parar na rua não deveria ser pago”, finaliza.
Sérgio Oliveira, proprietário de um café, tem certeza de que a cobrança do Rio Rotativo vai prejudicar o movimento do seu comércio. “Somos pequenos comerciantes. O cliente para aqui, toma um café e vai embora. Agora, certamente irão procurar outro lugar onde não tenham que pagar. Nessa área nunca houve flanelinha, as pessoas paravam sem preocupação”, comenta.
“Chegaram, colocaram as placas, foram embora e os guardadores ficaram. Não deram uma satisfação à gente. Mas não pintaram as vagas, não instalaram iluminação… Esse terreno em frente à padaria fomos nós que aterramos e colocamos o asfalto, e agora eles querem se beneficiar”, afirma o sócio-gerente da Padaria Rei do Recreio e do Restaurante Sabor Etc., Carlos Alberto Carneiro. Ele não tem dúvidas de que todo comércio da região será prejudicado com a cobrança do estacionamento. “Esse nosso espaço não atrapalha em nada o trânsito, nem as vagas recuadas em frente ao prédio. Junto ao canteiro tem buracos, falta estrutura e a vala não é limpa. Parece que só querem uma renda”, analisa.
A Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá informa que a medida foi tomada com o objetivo de ordenar o estacionamento na área e propiciar a rotatividade das vagas. “A Prefeitura está ordenando o local e dando a oportunidade para que todos possam estacionar”, conclui o Subprefeito Tiago Mohamed. Segundo a CET-Rio, existe uma tolerância de 10 minutos para que o motorista resolva alguma questão. Os guardadores estão autorizados a não efetuarem a cobrança nesses casos, mas se o motorista exceder o tempo limite deverá pagar o valor do tíquete.
Fonte: Margareth Santos