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RJ: Operação dá início ao novo projeto de ocupação em comunidades

Cidade Integrada

09112020 - O governador em exercício, Cláudio Castro, durante a Capacitação do TRE com agentes das operações Segurança Presente e Lei Seca para as eleiçõesFotos de Rogério Santana

O governo do Estado do Rio de Janeiro começou no fim da madrugada de quarta-feira, dia (19/01), a retomada do território da comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar – SEPM, os policiais também estão atuando em comunidades próximas, como a de Manguinhos, Bandeira II e Conjunto Morar Carioca. A ocupação marca o início do Projeto Cidade Integrada que o governo do estado do Rio vai desenvolver em comunidades fluminenses.

As ações da corporação na região têm a participação de equipes dos batalhões da Zona Norte do Rio, do Comando de Operações Especiais (COE) e da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) também atua na ocupação para cumprir 42 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão de adolescentes. De acordo com a Sepol, a ação conta com 1.200 policiais, sendo 400 civis e 800 militares.

No dia 6 de maio de 2021, a Operação Exceptis, realizada pela Polícia Civil do Rio do Janeiro no Jacarezinho, resultou na morte de 28 pessoas, entre elas, o policial civil André Farias. A ação foi considerada a mais letal feita no Rio.

Cidade Integrada
O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou em seu perfil no Twitter que vai apresentar, no sábado, dia (22/1), as medidas que vão integrar o projeto Cidade Integrada em duas comunidades do Rio. “No sábado, vou detalhar os projetos que serão iniciados de maneira permanente em duas comunidades. E que servirão de modelo para outros importantes lugares que sofrem com a ausência de serviços e programas que realmente colaborem para melhorar a vida de quem mora nessas áreas”, revelou.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que apoia a iniciativa e que o município vai trabalhar junto com o estado pelo bem da população. “Saúdo a iniciativa do governo do Estado em implementar uma política pública de restabelecimento do poder do Estado em todas as áreas do nosso território. Tenham a certeza de que a prefeitura apoiará, como sempre, qualquer ação que traga melhorias para a população carioca”, postou no Twitter.

Apesar disso, Eduardo Paes ressaltou que foi informado pelo governador na noite de (18/01), sobre a ocupação e que não houve planejamento prévio com a prefeitura. E, ainda destacou que há muito tempo o desafio do Rio é a segurança pública e a falta de presença do estado nesses locais. “Certamente iremos ajudar as forças policiais em tudo o que for possível. Lembro só que o grande desafio do Rio está, faz muito tempo, na área da segurança pública e no restabelecimento do monopólio da força do Estado em todo seu território”, disse.

O porta-voz da Secretaria de Polícia Militar (PM), tenente coronel Ivan Blaz, disse que a segurança é o primeiro passo do projeto iniciado hoje pelo governo do estado, que segundo ele, trata-se de um novo programa social. O tenente coronel informou que além da região do Jacarezinho, os 1200 policiais militares e civis entraram nas comunidades da Muzema, Tijuquinha. Morro do Banco.

O porta-voz acrescentou que a ideia é estabilizar estes terrenos para a implementação do novo projeto. “São ações que visam estabilizar os terrenos para que possamos, aproveitando a experiência recente das IPPs, reacender a chama da esperança na população carioca e atender expectativas que não foram atendidas em passado recente. A ideia é aproveitar todo esse legado, toda essa experiência e podermos, assim, estabelecer uma paz e uma ordem nessas regiões que são zonas conflagradas aqui no Rio e Janeiro”, contou em um vídeo divulgado pela PM.

O projeto de instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), implantado pelo governo Sérgio Cabral em 2008, também previa as ocupações de territórios acompanhadas de ações sociais para as comunidades, o que acabou não ocorrendo como o planejado e passou a ser apenas relacionado à área de segurança, com a presença dos PMs nas localidades.

Para o governador Cláudio Castro, a ocupação de hoje é o começo de uma transformação nas comunidades do estado. “Damos início a um grande processo de transformação das comunidades do estado do Rio. Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança”, postou no seu perfil do Twitter.