A Secretaria de Estado da Casa Civil, através do Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP-Rio), participou, no sábado (26/11), da primeira conferência organizada pela Câmara Comunitária de Desenvolvimento da Rocinha, São Conrado e Gávea – "Rocinha: um olhar sobre os direitos do cidadão, desafios e perspectivas, políticas públicas e cidade integrada" para discutir ideias, projetos e iniciativas governamentais e da sociedade civil em benefício da população local.
Criada em fevereiro de 2011, a partir de uma articulação feita pelo trabalho social do PAC, coordenado pelo EGP-Rio, a Câmara Comunitária é um colegiado que atua de forma integrada para o desenvolvimento sustentável dos três bairros através da elaboração, monitoramento e avaliação de projetos coletivos, articulação de parcerias e mobilização da sociedade para a implementação de políticas públicas. De acordo com o coordenador geral da Câmara Comunitária, Antônio Xao Lin, a parceria entre governo e moradores é essencial para que mudanças ocorram.
– Agimos como mediadores da Rocinha. Estamos saindo de um ciclo e entrando em outro: de união, liberdade de comunicação, troca de ideias e uma maior aproximação, onde existe um elo entre governo e moradores. Estou muito feliz de fazer parte dessa nova história.
Moradores dos bairros que compõem a Câmara Comunitária e alguns convidados dividiram-se em grupos para debater quais as prioridades para o desenvolvimento da Rocinha através dos temas: trabalho e renda, urbanismo e meio ambiente, saúde, educação, esporte e lazer, turismo e comunicação, cultura, direitos humanos e juventude.
A coordenadora do trabalho social do PAC, Ruth Jurberg explica que a importância da iniciativa é a possibilidade de se criar uma visão integrada de projetos prioritários, que beneficiem os três bairros.
– O PAC não trouxe apenas obras para a Rocinha. Agora a população conta com a perspectiva do diálogo. O resto do estado precisa saber quais as ansiedades e questionamentos da Rocinha, que é um bairro que merece o mesmo tratamento que os outros recebem.
Durante o encontro, moradores concluíram que, a partir de agora, um dos grandes desafios a serem enfrentados pela Rocinha será aprender a viver na cidade normal, tendo os mesmos direitos e deveres de outros bairros. A vice-presidente da associação de moradores de São Conrado, Marlene Parente, ressalta que a troca de informações e opiniões entre os bairros personifica a história em comum que eles possuem.
– É importante saber no que podemos ajudar, porque se a Rocinha está bem, São Conrado também está bem.
Fonte: Governo do Rio