O Ministério da Saúde lançou a campanha “Entre para a Corrente Sanguínea. Doe e convide alguém a doar”, com o objetivo de transformar o ato de doar sangue em um hábito de vida saudável e aumentar o número de doadores em todo o País. Isso porque no Brasil, a situação dos bancos de sangue vive em constante deficiência, principalmente em hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde. O principal motivo dessa situação é a falta de doadores. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, o Brasil possui um percentual de doadores de 1,8%, sendo que a Organização Mundial de Saúde recomenda que o percentual ideal seja de 3,5% a 5% da população.
Uma bolsa de sangue doada pode salvar até três vidas. Em apenas 15 minutos de uma boa ação e 450 mil desse líquido tão precioso – o qual nosso organismo repõe em apenas alguns dias – é possível renovar a esperança de muitos pacientes que precisam de sangue para continuar vivendo.
O Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.bpsp.org.br), maior complexo hospitalar privado da América Latina, possui o maior banco de sangue privado do País e também precisa de doadores para continuar a fazer as 40 cirurgias cardíacas diária, sem contar as operações de outras especialidades. “Para suprir as necessidades do Hospital, precisamos de pelo menos 100 bolsas coletadas por dia. Caso contrário, já estaremos em déficit”, alerta o Dr. Murilo Guerra de Oliveira, um dos responsáveis pelo Banco de Sangue da Instituição.
Em 2008, o Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo teve mais de 30 mil bolsas coletadas, que atenderam a cerca de 51 mil transfusões. Para isso, foi realizada uma média de 80 doações por dia, com a presença de aproximadamente 40 mil candidatos ao longo do ano.
Em épocas de férias, como nos mês de julho por exemplo, a situação dos bancos de sangue se agrava, pois é quando normalmente acontecem mais acidentes e menos pessoas pensam na possibilidade de doar. É quando são percebidos grandes picos de carência, levando a baixas preocupantes nos estoques.
“Infelizmente, ainda não é possível substituir o sangue por um derivado sintético. Portanto, sem o doador não há como ajudar pacientes necessitados”, lamenta o médico.
O posto de coleta do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo é equipado com modernos recursos tecnológicos para coleta e análise do sangue. Todo material utilizado para contato com o doador é descartável, fazendo com que as chances de qualquer contaminação sejam zero. Está localizado na rua Martiniano de Carvalho, 1009, bairro Paraíso, próximo à estação Vergueiro do metrô. O horário de atendimento é das 8h às 17h de segunda à sexta, e aos sábados das 7h às 16h. Para quem vai de carro, estacionamentos gratuitos à rua Maestro Cardim, 560 e rua Treze de Maio, 1854.
PARA DOAR É PRECISO
– Ter entre 18 e 65 anos;
– Pesar no mínimo 50 quilos;
– Não estar em jejum completo;
– Portar documento de identidade com foto;
– Não apresentar qualquer alteração de saúde;
– Nunca terem sido diagnosticadas doenças como Hepatites, HIV, Sífilis, entre outras.
O prazo para uma nova doação é de 60 dias para os homens e 90 para as mulheres. Portanto, cada um só pode realizar 4 e 3 doações por ano, respectivamente.
ENTENDA O PROCESSO DE DOAÇÃO
O sangue total obtido em uma coleta de 450ml é formado por um fluido complexo, que consiste em diferentes células sanguineas suspensas em um líquido amarelado, denominado plasma. Todo o conteúdo coletado é subdividido em vários hemocomponentes, por meio da centrifugação, sendo que os mais utilizados são:
– Plasma: parte fluida do sangue que transporta proteínas, fatores de coagulação e eletrólitos, principalmente.
– Plaquetas: são pequenas células que desempenham um importante papel na coagulação sanguínea.
– Hemácias ou glóbulos vermelhos: responsáveis pelo transporte do oxigênio aos tecidos do organismo.
Mais informações: Bruna Burri – Giusti Comunicação – 11 5502-5459 / 11 9484-2101
Fonte: Giusti Comunicação