Os hospitais públicos do Rio de Janeiro terão que submeter bebês ao teste do olhinho, segundo lei sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão na terça-feira (24/11). A resolução muda uma regra de 2005 que obrigava a realização de exames oftalmológicos somente em recém-nascidos prematuros e portadores de doença. Com a alteração, o teste beneficia todos os bebês nascidos ou levados a unidades de saúde logo após o parto. Na rede estadual, o exame do olhinho é oferecido gratuitamente nas oito maternidades, junto com os outros quatro testes que compõem a triagem neonatal: exames do pezinho, coraçãozinho, orelhinha e linguinha.
No teste do olhinho, uma luz é direcionada no olho da criança para identificar catarata, glaucoma e cegueira, entre outros problemas. No exame do coraçãozinho é verificada a existência de alterações a partir da análise da oxigenação do sangue e dos batimentos cardíacos do bebê. Já o teste da orelhinha checa problemas auditivos ou diferenças na capacidade de audição.
Pezinho
O exame do pezinho é feito com uma gota de sangue retirada do calcanhar e pode detectar doenças como anemia falciforme e hipotireoidismo congênito, que influenciam o desenvolvimento mental e físico da criança. Este é o único teste que pode ser feito entre o terceiro e o sétimo dia de vida. No exame da linguinha, um fonoaudiólogo examina boca e língua do recém- nascido para verificar se ele consegue mamar e se terá dificuldades para mastigar e falar.
Os testes neonatais são realizados nas maternidades dos hospitais estaduais Albert Schweitzer, em Realengo; Rocha Faria, em Campo Grande; Azevedo Lima, em Niterói; Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias; Vereador Melchíades Calazans, em Nilópolis; da Mulher, em São João de Meriti; da Mãe, em Mesquita; e dos Lagos, na cidade de Saquarema.