O Governo do Estado executa reformas em quatro conjuntos habitacionais em Petrópolis, na Região Serrana. As obras abarcam ações como pintura externa e interna, troca de calhas, telhados e beirais, além de consertos de caixas d’água, entre outras intervenções estruturais. Só na cidade de Petrópolis, segundo a Secretaria de Habitação, foram destinados R$8,3 milhões às reformas de moradias.
Os quatro conjuntos habitacionais que passam por grandes reparos são: Condomínio Parque Residencial Dr. Thouzet (já concluída), conjunto habitacional Horto Botânico, também conhecido como Condomínio Jornalista Moacir Padilha ou BNH da Coronel Veiga, Santos Dumont, e 29 de Junho.
– As intervenções em Petrópolis contemplam a reforma das fachadas e caixas d’água, além dos telhados e das áreas comuns dos condomínios, mas, em muitos casos, como no bairro Mosela, é importante promover melhorias na rede de esgotamento sanitário – explicou o secretário de Habitação, Rafael Picciani.
De acordo com ele, mais de 70 mil moradias receberam intervenções no estado e o total investido já chega a R$ 150 milhões.
– Em uma cidade com déficit habitacional de 15 mil habitações também é importante conservar as já existentes e impedir ocupações desordenadas – acrescentou.
Lar de cara nova
Moradora do condomínio Horto Botânico, localizado na Rua Coronel Veiga, Elma de Melo Pires, 63 anos, comemora a possibilidade de morar dignamente em um espaço revitalizado. O conjunto habitacional recebeu pintura, consertos nas caixas d’água, e a reforma dos 12 blocos, compostos por 220 apartamentos, que custou R$1,2 milhões, está quase concluída.
– A pintura dos prédios estava muito ruim. As paredes estavam caindo, havia musgo, até plantas brotavam das paredes. Estávamos precisando realmente que o Governo do Estado investisse aqui. Agora estamos vivendo muito melhor – contou a aposentada.
As ações coordenadas pela Secretaria de Habitação também agradaram a síndica do bloco 106 do mesmo condomínio, Tânia Maria Barbatti, de 52 anos. Micro empresária do ramo de salgados, ela quase interditou o prédio onde mora por conta do mau estado de conservação do local.
– O emboço estava caindo e já havia colocado fitas de interdição em certas áreas para proteger moradores e visitantes. A reforma foi muito importante. Os moradores daqui não tinham condições de arcar com os custos de ações como as que foram feitas. Eu e meus colegas calculamos que cada inquilino teria que dispor de cerca de R$3 mil reais, em média, para conseguirmos resolver todos os problemas que haviam – destacou.
Obras no Mosela iniciadas este mês
Localizado no bairro Mosela, o conjunto habitacional 29 de Junho também passa por reformas iniciadas este mês. Andaimes já podem ser vistos nas fachadas dos blocos que estão sendo pintados e funcionários já começaram a realizar reparos na parte interna das moradias. O conjunto habitacional possui 12 blocos, que totalizam 192 apartamentos. A obra custou R$ 1,7 milhões e a secretaria prevê que a conclusão dos reparos ocorra no mês de dezembro.
– Vai ficar muito bonito, a expectativa dos moradores é muito boa. Esta reforma foi abençoada. Sou mineira, mas moro há 20 anos neste conjunto habitacional – comentou a comerciante, Ângela de Carvalho, de 54 anos.
Mãe e filha, Tereza Mesquita Martins, 73, e Marilsa Duarte, 56, aguardam ansiosas o término das obras.
– Vai ser muito bom, vai ficar muito bonito – disse Tereza.
– Estava ficando muito feio e a manutenção destes prédios é muito importante – disse Marilsa.
Primeira reforma feita pelo Governo do Estado em 34 anos
A expectativa dos moradores do conjunto habitacional Santos Dumont, localizado nas proximidades do famoso Hotel Quitandinha, também é grande. O condomínio, composto por 15 blocos, necessita de reparos nas paredes internas e externas por conta da umidade, pintura, e consertos, pois há vazamentos em alguns apartamentos.
Segundo a síndica, Leila Mendes Duque, de 70 anos, Um canteiro de obras já foi disponibilizado pelos condôminos para o armazenamento do material de construção que será usado. A previsão é que a revitalização comece no início de junho.
– Precisamos que sejam feitos reparos nos telhados, que ocorra a troca de calhas, e pintura. Esta é a primeira reforma feita pelo governo. O conjunto habitacional tem cerca de 34 anos e neste tempo todo o que foi feito contou com o dinheiro dos moradores, mas a maioria dos residentes não tem condições financeiras para pagar uma taxa extra – contou.
