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Secretaria repara diques na Baixada

Com a trégua dada pelas chuvas, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria do Ambiente, puderam começar a realizar os reparos nos dois pontos do dique da lateral esquerda do Rio Iguaçu que romperam na última quinta-feira, nas localidades de Amapá e Cidade dos Meninos. Outras duas equipes então trabalhando na abertura controlada dos Diques do Pilar, em Duque de Caxias, e Oteiro, em Belford Roxo.

– São quatro equipes e mais de 50 equipamentos entre maquinas e caminhões envolvidos nos consertos. A preocupação é restabelecer as condições dos diques antes de eventuais novas pancadas de chuvas – disse o presidente do Inea, Luiz Firmino Martins Pereira.

O presidente passou a sexta-feira (01/01) vistoriando as obras do Projeto Iguaçu e determinou a abertura controlada dos diques para facilitar o escoamento. A medida fez o nível das águas baixar imediatamente.

Firmino explica que os três bairros (Pilar e Amapá, em Caxias e Lote XV, em Belford Roxo) estão localizados em áreas muito baixas, e naturalmente, ficam mais vulneráveis com a ocorrência de chuvas fortes.

Os diques existem para controlar o volume das águas dos rios evitando as enchentes nessas áreas mais baixas. Quando há um rompimento, essas áreas que estão abaixo do nível dos rios e já ficam alagadas, recebem um volume ainda maior de águas que só esgotam com o fim das chuvas.
O temporal que caiu na região de quinta para sexta foi muito intenso. Em menos de 24 horas – das seis da tarde do dia 30, às quatro da tarde do dia 31, choveu 220 milímetros. Mesmo assim nas áreas onde as obras do Projeto Iguaçu já passaram, como Nilópolis e Mesquita, não foram verificados maiores problemas.

Projeto Iguaçu
O Projeto, conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam), e consiste numa série de intervenções estruturadoras nas bacias dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí.

O objetivo é evitar a reincidência dos fatores de desequilíbrio ambiental nas cidades de Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis, São João de Meriti e Duque de Caxias, e em bairros da Zona Oeste do Rio, como Bangu e Senador Câmara.

Os trabalhos envolvem a remoção de famílias que vivem às margens dos rios, dragagem das calhas, recomposição e tratamento dos corpos hídricos e urbanização das áreas do entorno com o reflorestamento e construção de parques fluvias.

A primeira etapa do programa começou em junho de 2007 e vai até outubro de 2010. Cerca de 500 famílias, das três mil que vivem às margens dos rios, foram retiradas até agora. Nesta fase o investimento é de R$ 270 milhões.

As obras estão com 40% das intervenções concluídas nessa primeira fase, foi retirado 1,7 milhão de toneladas de lama e lixo dos rios, além de 15 mil pneus.
 

Fonte: Secretaria do Meio Ambiente