Início Plantão Brasil Segurança de menores na internet

Segurança de menores na internet

Mediação de adultos é fundamental para garantir segurança de menores na rede. Assunto é debatido em Belém com professores das redes pública e particular.

Professores das escolas públicas e particulares de Belém estão tendo contato essa semana com métodos e maneiras para lidar com as dores e delícias que a internet traz para o convívio escolar.

“Quando se fala de segurança na internet, tende-se a pensar em vírus, problemas de conexão e outras questões mais tecnológicas. Mas esquecemos que a internet não é só uma rede de computadores, mas de pessoas interconectadas. Os maiores riscos são para as pessoas”, disse Rodrigo Nejm, diretor da SaferNet Brasil, durante a palestra inaugural do evento.

As oficinas com educadores são o resultado de uma parceria entre o Ministério Público Federal e a SaferNet, entidade referência nacional no enfrentamento aos crimes e violações de direitos humanos na internet. Encerram um ciclo que se iniciou em 2009, com visitas às escolas pela equipe do MPF e a realização de uma pesquisa sobre hábitos de navegação de estudantes e educadores.

“O essencial é que a sociedade use metodologias de prevenção para o uso ético da internet. Não podemos deixar que a violência e os abusos da vida real contaminem as relações sociais também na rede de computadores”, explica o procurador da República Ubiratan Cazetta, um dos idealizadores da parceria.

A pesquisa em Belém foi respondida por 1502 alunos e 49 educadores e os resultados apontam vários caminhos para lidar com graves situações, como os vários casos de vídeos de sexo entre estudantes que circularam nas escolas através de celulares e computadores no ano passado.

A pesquisa divulgada agora mostrou que 35% dos estudantes que responderam à pesquisa possuem mais de 11 amigos que conhecem apenas pela internet.  E mais de 17% declararam que já namoraram ao menos uma vez pela internet. Muitas vezes, adolescentes publicam conteúdos íntimos sem se dar conta que uma vez divulgados, não poderão ser apagados.

Para Nejm, cuidados básicos devem se tornar rotineiros. “Toda vez que um filho sai de casa, os pais perguntam para onde ele vai, com quem vai, que horas voltará, recomendam que não pegue carona com estranhos. A mesma preocupação tem que existir quando o jovem está conectado à internet, os pais precisam saber sobre os sites e as pessoas que os filhos encontram na rede, sobre o que fazem”, explicou.

Ao contrário da recomendação, a pesquisa mostrou que 54% dos alunos não recebem dos pais limites quanto ao tempo, qualidade ou frequência de navegação na rede.

Relatório dos resultados da pesquisa: http://tinyurl.com/pesquisa-internet-PA

 

Fonte: Ministério Público Federal