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Selo de controle para vinhos

O selo de controle para vinhos e espumantes instituído pela Receita Federal vai ajudar a combater o contrabando e o descaminho das bebidas importadas no Brasil, segundo o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Henrique Benedetti.

Representante da instituição que reúne os maiores produtores de vinho nacionais e importadores, Benedetti disse que o contrabando e a comercialização de vinhos chilenos e argentinos são um dos maiores problemas do setor. Segundo ele, sem controle fiscal nas fronteiras, os produtos, muitas vezes adulterados, entram no país vindos do Paraguai.

"Cerca de 20 milhões de garrafas de vinho foram importados desses países pelo Paraguai no ano passado, sendo que o país não consome nem 10% desse total. Então, para onde foi esse vinho? Veio para o Brasil, de forma ilegal, porque o nas estatísticas o Brasil não importa nada do Paraguai", explicou Benedetti. "Isso sem tirar o que entra pela fronteira pelo Rio Grande do Sul vindo do Uruguai e da Argentina”, completou.

Com selo da Receita Federal, lançado na semana passada, o presidente da Uvibra acredita que será mais fácil identificar vinhos ilegais e assegurar a competitividade aos importadores sem aumentar os custos. "O selo não custa nada porque pode ser abatido de impostos federais e a aplicação sairá por menos de R$ 0,01 por garrafa, o que não causará impactos para o consumidor."
O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravim), entidade representativa de todo o setor, espera aumento de 20% nas vendas no próximo ano, com aplicação do selo de controle nas garrafas nacionais e importadas, que passa a ser obrigatório a partir de novembro deste ano.

 

Fonte: Agência Brasil