No Seminário do Dia Mundial da Água realizado pelo Instituto Lagoa Viva no dia 27 de março, Delfim Aguiar abriu o evento e agradeceu a presença de todos, ressaltando que diversos especialistas apontam à escassez da água como um dos maiores flagelos a serem enfrentados pela humanidade em poucos anos: ‘ é fundamental que aconteçam estes momentos de palestras, exposições e dinâmicas presenciais, oportunidade para nos organizarmos neste novo ente deliberativo”.
Donato Velloso do Instituto Lagoa Viva ressaltou a luta constante de sua instituição em prol do meio ambiente “É um processo muito difícil com o desafio da gestão dos recursos hídricos. Desde 2000 fazemos este evento, já estamos na nona edição e já passaram mais de 120 palestrantes com conhecimento notório, agradeço a todos da equipe”.
No primeiro painel temático, o presidente da Acibarra Ney Suassuna ressaltou: “Vivemos em um oceano de ar. Só vemos que o ar existe, quando bate em nós. A maioria dos brasileiros não tem noção do que é falta de água, não sabe o que é uma seca. As pessoas sofrem muito. No Nordeste falta água para beber. No Sul o rio está cheio, mas também não tem água suficiente porque faltam os equipamentos de irrigação. Nos países árabes pegam água do mar, tiram o sal e utilizam. Nós aqui gastamos água a vontade e não percebemos que cada vez temos menos do recurso hídrico, porque poluímos e destruímos mais. Já fui visitar o Rio São Francisco, onde a verba de saneamento foi usada para construir praças e cinemas. Os rios do Brasil estão assoreando. Se a lagoa daqui da Barra estivesse despoluída, poderíamos ter turismo ecológico e gerar milhões. Muita coisa foi feita errada, mas tenho que admitir o bom trabalho do presidente da CEDAE Wagner Victer que entrou na companhia e mudou tudo e vem combatendo a poluição das lagoas. Acredito que todos juntos e unidos conseguimos uma melhora. O Donato é um batalhador da causa porque vê a importância da despoluição das águas e dos mananciais”.
Ilhas da Barra pedem socorro
Perry Ribeiro morador de uma ilha na Barra denunciou: “Nas ilhas , o saneamento é ruim, o esgoto é jogado in natura nas lagoas, por isto sempre pedimos para os políticos olharem para este local. Vemos pessoas pegando terrenos pequenos e dividindo em várias casas aumentando mais ainda a desordem”
Lagoa Viva , o elo de educação
Álvaro Nassarala afirmou que a Lagoa Viva é o elo de educação ambiental articulando a comunidade e apresentou o projeto Zero Óleo, com o reaproveitamento do óleo residual da gordura.
Rio 2016, maior complexo olímpico será construído no lugar do autódromo
Marcio Santa Rosa, gerente do meio ambiente 2016, apresentou o projeto da candidatura baseado na preocupação com o verde. Entre os pontos uso otimizado de fontes de energia limpa com os jogos carbono zero (com a neutralização das emissões): “Em agosto no mês da competição teremos temperatura amena de 25 graus, muito favorável para a competição.Apesar de estarmos competindo com grandes cidades de alta infra-estrutura, sabemos que o eixo de investimentos do jogos olímpicos tem que mudar. Aproveito para dizer que o maior complexo olímpico da América Latina será aqui na Barra no lugar do Autódromo”.
Fonte: Tatiana Couto, AIB