Você sabia que já em 1918 a vagina foi identificada como uma via para administração de medicamentos? À primeira vista pode soar estranho, mas a farta irrigação de sangue e alta vascularização tornam o órgão feminino adequado para administração de medicamentos, como, por exemplo, alguns para reposição hormonal, contraceptivos, antibióticos e antifúngicos.
Por ter ótima absorção, a via intravaginal também possibilita a utilização de dosagens menores de medicamentos, o que pode, em algumas situações, diminuir os efeitos colaterais. Outro benefício é que esses produtos não sofrem interferências gastrointestinais, ou seja, não têm sua eficácia comprometida mesmo em casos de vômitos ou diarreia.
Diferentemente do que se imagina, a região é horizontal, o que facilita a inserção e minimiza o risco de expulsão dos medicamentos que precisam permanecer no órgão, como é o caso do anel contraceptivo.
Como as partes média e superior da vagina são insensíveis a estímulos de tato, as mulheres normalmente não sentem desconforto quando usam medicamentos intravaginais, sendo confortável e seguro o uso da medicação por essa via para os produtos que têm essa opção.
Um dos medicamentos disponíveis com administração intravaginal, é o anel contraceptivo. Transparente e flexível, o anel contraceptivo deve ser inserido pela própria mulher uma vez ao mês, permanecendo na vagina por 21 dias, com interrupção de uma semana para menstruar. Seu desenho oval e sua flexibilidade permitem que a maioria das mulheres e seus parceiros não sintam a presença do contraceptivo. O anel libera os hormônios estrogênio e progesterona de forma gradual e contínua no sangue, inibindo a ovulação e assim evitando a gravidez. O método pode ser uma alternativa para aquelas mulheres que se esquecem de tomar a pílula diariamente.
Contatos à imprensa: Ketchum