O governador Sérgio Cabral Filho anunciou, no fim da manhã de hoje (13/04), após reunião com membros do setor de transporte no Palácio Laranjeiras, um plano emergencial para melhorar o atendimento ao consumidor prestado pela companhia Barcas S/A. Dentre as medidas emergenciais tomadas, estão o empréstimo de R$ 8 milhões à concessionária através do InvestRio. Com esse dinheiro, serão recuperadas duas embarcações que hoje estão paradas.
Para melhorar o sistema de atendimento nos terminais, Cabral disse que vai rescindir o contrato com a Transtur, que termina em um ano, e entregar esse terminal à Barcas S/A. No fim do contrato, o governo pagará à Transtur R$ 17 milhões relativos a uma dívida que o Estado tinha com a empresa.
Cabral disse ainda que as tarifas não serão reajustadas porque a prioridade, no momento, é a melhoria dos serviços aos usuários. O objetivo da reunião foi discutir os problemas que vêm afetando a circulação das barcas que ligam o Rio a Niterói e os municípios de Angra dos Reis e Mangaratiba à Ilha Grande.
A reunião foi convocada depois que usuários fizeram um protesto na estação da Praça Quinze porque não havia barcas em quantidade suficiente para o transporte de passageiros na última quarta-feira, véspera do feriadão da Semana Santa.
Na Costa Verde, os usuários também reclamam do serviço da Barcas S/A, que mantém em tráfego duas lanchas, a Itaipu e a Lagoa, fabricadas em 1950 para atender a então Frota Carioca. Construídas para operar na linha, as lanchas Brisamar e Charitas vieram para o Rio para reformas e nunca mais voltaram.
– A Ilha Grande fica em Angra dos Reis, mas os moradores da cidade estão impedidos de ir e voltar à ilha no mesmo dia por causa dos horários fixados pela concessionária Barcas S/A. Eles são obrigados a pernotair na ilha – reclamou o prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão.
Logo após o tumulto na Praça Quinze, a concessionária pediu aos passageiros que evitem usar o transporte entre as 18h30m e 20h , o horário do rush. Atualmente, segundo a empresa, as barcas têm capacidade para atender 10 mil pessoas por hora. Na quarta-feira, durante a confusão, esse número chegou a quase 13 mil pessoas. O diretor superintendente das Barcas S.A., Flávio Almada, admitiu que não há embarcações suficientes para atender tantos passageiros e que serão necessários novos investimentos.
Na semana passada, Almada afirmou que o governo precisa fazer mais investimentos no transporte. Ele anunciou que já foram iniciadas as conversas com o governo do estado para a reforma e construção de novas estações, além da compra de novas barcas.
Fonte: Governo do Estado