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Tecnologia melhora a segurança em Gericinó

Detectores de metais, aparelhos de raio X, scanner corporal e sistemas avançados de filmagem. Esses são alguns dos equipamentos que estão ajudando a aumentar a segurança no complexo de presídios de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
 
A tecnologia auxilia no combate à entrada de celulares, drogas e até mesmo armas no complexo, que reúne cerca de 14 mil presos. O principal equipamento — o scanner — permitiu, até o dia 30 de setembro deste ano, 52 flagrantes de visitantes com material irregular, um aumento de 50% em relação ao mesmo período de 2009.
 
— Decidimos que a investigação não devia depender somente do faro do inspetor. Optamos por criar uma cultura em que a tecnologia fosse importante para o trabalho dos agentes, que tiveram seu treinamento aperfeiçoado. Era preciso formar o profissional, não ficar apenas na palavra do secretário — afirmou o secretário estadual de Administração Penitenciária, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho.
 
Importado da Inglaterra por R$ 1,3 milhão, o principal investimento foi a aquisição do scanner corporal. Em funcionamento desde 2009, o equipamento é capaz de detectar com precisão a presença de substâncias químicas (maconha e cocaína), equipamentos eletrônicos (celulares) e armas. As imagens são gravadas e podem ser usadas pela polícia em processos na Justiça.
De acordo com o secretário, com o uso da máquina, a revista corporal foi eliminada, evitando constrangimentos com os visitantes – 92 mil por dia nas 21 unidades do sistema. Ele acrescentou ainda que a máquina é a única em funcionamento no Brasil.
 
Até setembro deste ano, 2.279 visitantes passaram pelo scanner: 55 carregavam drogas e celulares. No ano passado, foram 28 casos. A revista no aparelho dura, no máximo, 20 segundos.
 
Câmeras de vigilância
O sistema de monitoramento eletrônico conta também com 184 câmeras para vigilância do complexo de Gericinó. Numa sala com pouco mais de 25 metros quadrados, três agentes monitoram, durante 24 horas, a movimentação de inspetores, presos e visitantes numa área de quase 1,5 milhão de metros quadrados, um pouco menor que o bairro do Flamengo, na Zona Sul.
 
O centro de monitoramento reúne imagens que antes eram captadas isoladamente por cada unidade prisional. Por meio de cinco telões, os agentes visualizam o que acontece nas áreas interna e externa do complexo. Com 18 câmeras que permitem aproximação de até 200 vezes e giros de 360 graus, os inspetores podem examinar com precisão movimentações suspeitas perto das unidades. O sistema permite também a vigilância de todas as galerias das unidades de segurança máxima Bangu I e Bangu III.
 
O aparato de segurança em Gericinó inclui ainda uma série de detectores de metais e uma microcâmera especial de inspeção, adquirida recentemente. Com o auxílio do scanner corporal e de um detector de metais conhecido como “banquinho”, foram apreendidos com visitantes, só até o dia 30 de setembro deste ano, 47 celulares e acessórios. No ano passado, foram registrados 29 casos, contra 25 no mesmo período de 2008.
 
Em cada unidade, há pelo menos dois banquinhos — um detector que emite um sinal sonoro quando o visitante tem dentro do corpo um material metálico. A revista é simples: basta sentar no equipamento, que possui um sistema de luzes verde e vermelho.
 
Se o visitante flagrado com algo metálico não convencer os agentes que não está com nada ilegal, acaba sendo levado para o scanner corporal, onde será possível visualizar o equipamento que está dentro de seu corpo.

Fonte: Governo do Rio