Em entrevista à rádio CBN, o chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Alan Turnowski, comentou os episódios de violência do último fim de semana, na Zona Norte do Rio, e defendeu uma mudança no sistema de investigação de presidiários considerados perigosos nas penitenciárias do país. Segundo Turnowski, muitas vezes a inteligência da polícia captura informações importantes através de escutas telefônicas, mas não há provas concretas de que o fato vai se tornar realidade.
De acordo com Turnowski, a guerra entre facções de Vila Isabel e bairros próximos é antiga, e os confrontos estavam controlados, mas dessa vez não houve como parar. O delegado afirmou que, possivelmente, as ordens para este tipo de ataque partem de dentro dos presídios e que é preciso evitar ao máximo o contato do condenado com meios de comunicação, não só telefones, mas familiares e advogados.
– Em vez de se pensar em recaptura, deve-se tentar não deixar o preso sair. Acho que as leis de Execução Penal e Progressão de Pena precisam ser revistas – defendeu Turnowski.
O chefe da Polícia Civil criticou também a burocracia, que impede o desenvolvimento de setores importantes da segurança.
– Precisamos de investimentos em aquisição de aeronaves blindadas, já conseguimos para a Polícia Civil, mas precisamos para a Militar. Eu mesmo viajei, fui a Israel ver carros blindados, mas não conseguimos ainda por causa da burocracia, fomos à Rússia, vimos excelentes carros que podem ser perfeitamente usados nos nossos morros, diminuindo o confronto, por isso que precisamos flexibilizar as leis –completou.
Fonte: Governo do Rio
