A ilha de Jeju, na Coréia do Sul, sedia desde do dia 25 a sexta-feira (29) a 21ª Sessão do Conselho de Coordenação Internacional do Programa O Homem e A Biosfera. O encontro, que discutirá propostas sobre o futuro do programa e seus progressos desde a adoção do Plano de Ação de Madri, em 2008 (20ª Sessão), avaliará a entrada de novos sítios na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO e a adequação de localidades incluídas na lista. O Brasil proporá ajustes relativos à área da Mata Atlântica, que já integra a rede.
Ao todo, serão analisadas 36 propostas formuladas por 25 países*, o que poderá resultar na inclusão de novos sítios na rede formada atualmente por 531 localidades de 105 países. Nem todas as propostas, porém, tratam da inclusão de novas localidades. É o caso do Brasil, que informará a ampliação e a adequação de áreas da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
A denominada fase seis da unidade propõe o acréscimo de área marinha à reserva, cujo traçado acompanhará a extensão original da floresta. Trata, também, da conclusão do mapeamento digital da região e de adequações aos preceitos decididos em Madri, que definem as novas unidades de conservação de uso integral como zona núcleo da reserva da biosfera.
O encontro na Coréia do Sul também sediará a cerimônia de entrega do Prêmio Michel Batisse para Gestão de Reservas da Biosfera. Os vencedores do Prêmio, o egípcio Boshra Salem e o russo Yu Gorshkov, receberão, cada um, US$ 6 mil.
As Reservas da Biosfera são áreas designadas por autoridades locais e nacionais para sediar experiências com diferentes abordagens na gestão integrada de terras, águas e biodiversidade. A destinação das reservas com essa função, proposta como modelo de trabalho para o desenvolvimento sustentável, é uma contribuição específica do Programa O Homem e A Biosfera (MAB) à Década das Nações Unidas da Educação Para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014).
Lançado em 1970, o MAB desenvolve as bases e as proposições de uma agenda de pesquisa interdisciplinar no âmbito das ciências sociais e naturais não apenas para a conservação e uso sustentável da diversidade biológica, mas também para o aperfeiçoamento da relação entre o homem e seu meio.
A iniciativa usa a Rede Mundial de Reservas da Biosfera como um veículo para pesquisa e monitoramento, educação e treinamento, partilha de conhecimento e tomada de decisão participativa. No Brasil, outros cinco sítios integram a lista da UNESCO: Cerrado, Pantanal, Caatinga, Amazônia Central e Serra do Espinhaço.
Fonte: Onu Brasil