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UPP no Alemão e Complexo da Maré em 2010

A ocupação do conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) não é impossível, mas exigirá um trabalho longo e complexo da Polícia Militar. A afirmação foi feita, esta semana, pelo comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte. Segundo ele, a UPP chegará ao Alemão, assim como ao Complexo da Maré já em 2010 e a outras grandes comunidades carentes do Rio até 2016.

– É possível pacificar qualquer lugar, mas sabemos que a complexidade no Alemão é muito maior. Vai requerer recursos humanos maiores e um grande número de policiais. A extensão de tempo da primeira fase (entrada da polícia na favela), muito provavelmente vai ser maior. A segunda fase, que é a ocupação temporária, também vai ser muito maior, até que nós possamos consolidar o modelo final, com a Unidade de Polícia Pacificadora – disse o comandante da PM.

Desde a implantação do projeto de policiamento comunitário conhecido como UPP, que prevê a aproximação da polícia com a comunidade e o fim do controle de quadrilhas armadas sobre as favelas, mais de 110 mil moradores foram libertados do domínio do tráfico de drogas e de milícias em pouco mais de um ano.

O governo do Estado já implantou seis unidades de polícia pacificadora, que atendem a nove favelas da capital. A UPP da Ladeira dos Tabajaras e do Morro dos Cabritos, em Copacabana, inaugurada este mês é a sexta do programa da Secretaria de Segurança em operação e se junta às outras cinco que assistem as comunidades de Santa Marta (Botafogo), Jardim Batan (Realengo), Cidade de Deus (Jacarepaguá), Babilônia e Chapéu Mangueira (Leme) e Pavão-Pavãozinho e Cantagalo (Copacabana e Ipanema).

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, reafirmou, esta semana, que a Polícia Militar deve formar, ainda este ano, cerca de 3 mil novos soldados para atender as necessidades de profissionais para as futuras UPPs que serão instaladas até o fim de 2010, incluindo grandes favelas como o Alemão e o Complexo da Maré, ambas na Zona Norte.

Segundo Beltrame, com esse efetivo, seria possível ocupar até 40 comunidades pequenas, ou então um ou dois complexos de favelas grandes como o Alemão e a Maré. Sobre o efetivo necessário para ocupar o Complexo do Alemão, o coronel Mário Sérgio disse que ainda não sabe precisar.

– Se forem mil, colocaremos mil. Se forem 2 mil ou 3 mil, colocaremos esses homens no Complexo do Alemão – afirmou.

Fonte: Governo do Rio