Resfriamento com helicóptero é abortado
Na manhã desta quarta-feira, 16, 50 funcionários da usina nuclear de Fukushima, no Japão, que continuavam no local, tiveram que ser retirados do local. A saída dos trabalhadores foi ordenada após uma nova explosão na usina, desta vez no reator 4. A medida foi adotada devido ao aumento da radiação na usina, que teria sido causada, por danos no reator 3. Houve uma tentativa de resfriar o local com o despejo de água sobre o reator, via helicópteros, mas a medida teve que ser abortada.
Segundo a agência de notícias Kyodo, a operação foi cancelada provavelmente por causa dos altos níveis de radiação. A Tokyo Electric Power, operadora do complexo de Fukushima, informou que sua prioridade é o reator 3, onde foram registrados os níveis mais altos de radiação. A empresa confirmou que a situação não era boa no reator 4, onde houve a última explosão. No reator 2, que sofreu explosão na segunda-feira, a temperatura foi estabilizada e a pressão caiu, mas não se sabia ao certo o que provocou as mudanças.
O porta-voz do governo japonês, Yukiya Amano, disse que a radiação na área da usina nesta quarta-feira não estava alta o suficiente para causar danos à saúde. Os níveis estão variando desde os primeiros problemas apresentados pela usina, na sexta-feira, após o terremoto e a tsunami que atingiram o país.
Ventos devem continuar levando a radiação para o Oceano Pacífico nesta quarta, mas ainda há grande preocupação em Tóquio, localizada a 240 quilômetros da usina de Fukushima. Milhares de pessoas deixam a cidade desde terça-feira, quando o governo local orientou a população a evitar sair às ruas.
Nesta quinta-feira, 17, França, Austrália e Turquia se juntaram aos países que pediram aos seus cidadãos que evitem viagens ao Japão. A embaixada da França em Tóquio pediu aos franceses que vivem na capital japonesa para deixarem o país ou se dirigirem para o sul devido ao risco de radiação. Em Tóquio, não há grande risco para a saúde.
Número de mortos cresce a cada dia
O governo do Japão atualiza a cada momento os números das vítimas do terremoto do dia 11/3, de 9 graus na escala Richter, e do tsunami seguido por uma série de tremores de terra no país. A estimativa é que mais de 2,4 mil pessoas morreram. Porém, há cálculos de que o total de mortos pode ultrapassar 10 mil.
Mais de 500 mil pessoas estão desabrigadas, enquanto 2 milhões de casas permanecem sem energia elétrica e praticamente o mesmo número continua sem o abastecimento água. Segundo relatos, em Otsuchi no Nordeste do Japão, metade da população está desaparecida e os demais estão em estado de choque.
Fonte: Plantão com fontes