Início Plantão Brasil Vacinação contra a gripe começa neste sábado

Vacinação contra a gripe começa neste sábado

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abre a 14ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, neste sábado (5), na Clínica da Família Otto Alves de Carvalho, em Jacarepaguá (RJ). Em todo o país, 65 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) estarão preparados para atender a população das 8 horas às 17 horas. Pessoas com mais de 60 anos de idade, trabalhadores de saúde, crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes e povos indígenas devem procurar o posto de saúde mais próximo para a vacinação. O ministro também acompanhará, neste sábado, o andamento da vacinação em Porto Alegre (RS).

A campanha é realizada em conjunto com o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de todo o país. Todos os estados e o Distrito Federal aderiram ao dia D de Mobilização Nacional. O ministério espera promover um dia de intensa mobilização da comunidade que, amparada na ampliação dos postos de vacinação, poderá contribuir aderindo à campanha para o país chegar a uma cobertura vacinal ainda maior. No ano passado, foram imunizadas 25,13 milhões de pessoas, o que representa 84,1% da população alvo. O índice superou a meta de 80% prevista inicialmente.

Sob o lema “proteger é cuidar”, a meta deste ano também é vacinar 80% do público-alvo (30,1 milhões), o que representa 24,1 milhões de pessoas. A ideia é reduzir a mortalidade, evitar complicações e internações provocadas por infecções pelo vírus da gripe. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil realiza a maior campanha de vacinação pública das Américas.

CAMPANHA – o Ministério da Saúde adquiriu 33,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, ao custo total de R$ 260 milhões. Também foram encaminhados R$ 24,7 milhões do Fundo Nacional de Saúde para que as secretarias de saúde estaduais e municipais pudessem viabilizar a campanha, cobrindo despesas com aquisição de seringas e agulhas e deslocamento de equipes, por exemplo.

Para atender a população, cerca de 240 mil profissionais do SUS devem estar envolvidos na campanha de vacinação, entre agentes comunitários, enfermeiros, médicos, entre outros. A campanha também contará com mais de 27 mil veículos terrestres, fluviais e marítimos, para que a vacina chegue até os povoados mais distantes.

Para reduzir casos graves, pneumonias e óbitos por gripe, além da distribuição das doses de vacina, o Ministério da Saúde garante o acesso ao tratamento precoce e profilaxia de pessoas com maior risco com o antiviral Oseltamivir. Todos os estados estão abastecidos com o medicamento.

QUEM DEVE SE VACINAR
IDOSOS – após os 60 anos, o risco de se contrair infecções respiratórias são maiores. O vírus influenza é responsável por 75% dessas infecções. Desde 1999, quando este grupo passou a ter acesso a vacina, houve queda de 45% no número de hospitalizações por pneumonias e redução de 60% na mortalidade entre os residentes em casas de repousos e/ou asilos.

GESTANTES – não há nenhuma contra-indicação à vacinação de gestantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O percentual de casos de gestantes entre as mulheres em idade fértil foi de 17% em 2009, 35,6% em 2010 e de 36,7% em 2011.

CRIANÇAS DE 6 MESES A MENOS DE 2 ANOS – Menores de 6 meses de idade não devem tomar a vacina, porque não há estudos que comprovem a qualidade da resposta imunológica, ou seja, a proteção não é garantida. Assim como nos idosos, as infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas às crianças menores de dois anos, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dos casos. Os pais devem estar atentos para a vacinação dos filhos. Crianças vacinadas pela primeira vez deverão tomar duas doses, com 30 dias de intervalo. Já as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina em 2011 deverão tomar apenas uma dose neste ano.

INDÍGENAS – a população indígena que vive em aldeias é sempre considerada grupo prioritário na prevenção de qualquer doença respiratória, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde. Isso decorre da maior vulnerabilidade biológica deles a essas doenças e à dificuldade de acesso a unidades de saúde.

POPULAÇÃO CARCERÁRIA – pela primeira vez, a população prisional receberá as doses da vacina contra a gripe, já que as condições de habitação e confinamento deste público colaboram para uma maior vulnerabilidade para algumas doenças. A vacinação deste grupo acontecerá logo após o término da campanha, devido a questões operacionais e de organização dos estados e municípios. Cabe as secretarias locais de Saúde e Justiça traçar as estratégias de mobilização para atender aos cerca de 500 mil presos e agentes que fazem atendimento a este público. Pessoas com comorbidades também podem ser vacinadas, a critério médico, nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) durante todo o ano.

TRABALHADORES DE SAÚDE – em razão das suas funções, este público está sob potencial risco de se infectar com os vírus causadores da influenza.São aqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde atuando na recepção, atendimento e investigação de casos de infecção respiratória nos serviços públicos e privados.Por isso, a vacinação desse grupo garante o funcionamento dos serviços de saúde e atendimento a população.

Fonte: Agência Saúde