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Via Sacra da Rocinha está sem patrocinadores

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A Copa do Mundo está competindo frente a frente com as atividades culturais e dificultando os investimentos no setor, principalmente na comunidade da Rocinha. Nem os mais de 20 anos de atividades, mas de 15 mil pessoas na ultima apresentação, tem sido suficiente para chamar atenção das empresas do Rio de Janeiro.

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Em 2,7 quilômetros, o diretor e teatrólogo Aurélio Mesquita, após três meses de ensaio, com atores formados dentro da comunidade, sobem em palcos no meio do povo, ruas e lajes da Rocinha. A apresentação acontece na sexta feira santa e os atores aproveitam as mazelas do Brasil e a maior história da humanidade para fazer os moradores pensarem e se sensibilizarem com outras causas.

 

 

São 22 cenas de uma adaptação livre do livro “O homem de Nazaré”, de José Maria Rodrigues. Este ano a apresentação acontece no dia 18 de abril, a partir das 20 horas, com saída do Largo do Boiadeiros em direção a Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, com duração estimada em três horas de espetáculo.

 

 

Este ano o foco são as crianças que não tem condições, muitas vezes, nem para estudar dignamente, sendo transportadas em caminhões de pau de arara. O período da escravidão não é esquecido e é paralelamente colocado no flagelo de Cristo, como nos tempos do Pelourinho. O espetáculo é realização da Companhia Teatral Roça Caça Cultura e produzido pela TV Tagarela.

 

 

Foto: Clarisse Castro