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PLANTÃO BARRA: X Fórum do Meio Ambiente

Foi realizado na manhã de sexta-feira, dia 11 de outubro, o X Fórum do Meio Ambiente, no Parque Marapendi, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O evento foi idealizado pela ACIR Transoeste, e contou com a participação de diversas autoridades. O objetivo do encontro anual é debater questões ligadas ao meio ambiente na região. 

Forum-do-meio-ambienteO primeiro a falar foi o biólogo David Zee que comandou a primeira etapa do fórum. Segundo Zee, o principal objetivo do evento é promover uma interação maior com a sociedade: “Uma preocupação que eu tenho é com relação à drenagem das lagoas. Não adianta ter um acesso ótimo se a área estiver inundada, é preciso que tenhamos uma infraestrutura para não passarmos vergonha”, disse ele.

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O deputado Otávio Leite, que estava na plateia, também falou para os presentes sobre as suas preocupações com o meio ambiente: “Eu estou preocupado com o nosso futuro, o aquecimento está cada vez maior e isso tem um efeito catastrófico. Eu vim aqui ouvir e extrair algo importante para que recursos sejam assegurados para nossa região”, falou.

 

 

O representante da Caixa Econômica Federal, César Ferreira, falou das iniciativas da instituição com relação ao meio ambiente.

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Já o subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, Tiago Mohamed, ressaltou a importância de eventos como esses: “Eu não poderia deixar de passar e afirmar que estamos de portas abertas para a população”.

 

 

Durante o debate a coordenadora do Projeto Corredor Verde, a geóloga Silma Santa Maria, mostrou um panorama geral da região e das dificuldades encontradas no decorrer do projeto: “Um dos principais problemas é trazer a população para o nosso lado. Isso é difícil”, disse.

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A geóloga também explicou os ciclos de alteração da paisagem do Rio de Janeiro, as diferenças da paisagem natural e da paisagem construída, e das suas preocupações nesse processo.“Abusamos e invadimos áreas que precisavam ser preservadas. Houve uma fragmentação da paisagem. Foi criado um grupo intitulado Mosaico Carioca para que se fizesse um melhor uso de todos os recursos”.

 

 

O corredor verde irá promover uma interação muito maior dos animais silvestres e flora nativa. Os resultados já podem ser percebidos como o cercamento, a área verde estabelecida e placas explicativas.

 

 

Outra que mostrou um projeto falando sobre as lagoas foi a geógrafa especializada em meio ambiente Mariana Basilio. Ela falou sobre as mudanças que as lagoas passaram com o decorrer do tempo, como o assoreamento, poluição e a falta de fluxo de água limpa.“A minha proposta é que o fluxo que foi retirado seja religado ao complexo lagunar, isso irá proporcionar uma série de benefícios, inclusive a valorização dos imóveis locais. O principal risco da não abertura é que se só esperarmos as águas da chuva, esse processo demore muito. Existe também uma preocupação com a contaminação da Macumba, aumento da Salinidade na água do complexo e alteração da fauna e da flora, porém todas as alternativas devem ser consideradas e estudadas”.

 

 

A segunda parte do Fórum foi conduzida pelo jornalista, Delfim Aguiar que apresentou a palestra do subsecretário estadual do ambiente, Jorge da Hora, que passou uma posição sobre o processo licitatório do Projeto de Recuperação do Complexo Lagunar de Jacarepaguá:“Ainda estamos com um impasse sobre esse assunto, a primeira licitação foi revogada e uma nova foi aberto, porém a justiça ainda está decidindo sobre o processo (se permanece o primeiro ou segundo). Essa questão já está durando três meses”, explicou da Hora.

 

 

Um dos pontos fortes desse projeto é a construção do Centro de Referência Ambiental. O Programa de Saneamento da Barra inclui uma série de fatores, como as obras de desassoreamento que devem ser concluídas com a despoluição das lagoas.

 

 

No decorrer da explicação uma ressalva chamou a atenção dos presentes, onde esses dejetos serão colocados durante essa despoluição. Jorge da Hora explicou que caso sejam usados caminhões para levar esses resíduos para Sepetiba, poderia acarretar um engarrafamento muito grande na área, pois, pelo volume, seriam necessários 150 caminhões fazendo duas viagens por dia. A proposta do governo é reservar um desses espaços assoreados para que esses dejetos sejam colocados nessa área, de acordo com ele o custo seria menor e o problema do trânsito estaria resolvido, porém essa solução não agradou a todos os presentes.

 

 

O Gerente da Cedae Regional Sul, Claudino do Espírito Santo, falou dos problemas enfrentados pelo Recreio: “O grande problema na área são os prédios que não se ligaram ao sistema de esgotos. A Cedae tem as suas limitações, quando detectamos esse problema, nós encaminhamos para os órgãos responsáveis”, disse.

 

 

O Delegado de Juventude da ONU, Pedro Cunha, também falou durante o fórum da sua preocupação com a construção do campo de golfe na área: “O golfe é uma das maiores atrocidades do mundo. Tenho viajado o mundo para levar essa ‘bandeira’, acho que em um evento como esse é fundamental a presença na mesa de um representado do Ministério Público e também da sociedade civil”, falou.

 

 

TAlém dos nomes já citados estavam presentes no evento, o vereador Carlo Caiado, o Administrador Regional Tiago Louzana, o Delegado da DPMA José Rezende, o gestor do Parque Marapendi Abílio Fernandes, e representantes das entidades locais.

 

Fotos Joici Souza