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Zona Oeste receberá unidades habitacionais

O Rio de Janeiro receberá 100 mil novas unidades habitacionais com o programa Minha Casa, Minha Vida, sendo que 90% serão feitos na Zona Oeste do Rio,  revelou a arquiteta Dayse Góis do Instituto de Arquitetos do Brasil no encontro Pensando na Barra realizado pelo Barralerta no dia 29 de setembro.

No primeiro momento, Dayse agradeceu a parceria com o Instituto Columbia que permitiu o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) oferecer cursos na Barra:  “ Comemoramos a parceria, pois agora temos um posto avançado na Barra. Dificilmente arquitetos que moram aqui iriam freqüentar os cursos do IAB que são no centro da cidade e Largo do Machado, por causa da localização” disse.

Déficit Habitacional e Inadequação de Moradia

Focando no tema, a arquiteta apresentou o quadro habitacional de 1991 e 2000 que mostra o deficit habitacional e a inadequação de moradia: “ A partir da década de 80, a Constituição Federal ganhou um capítulo sobre questão urbana e 11 anos depois veio a ser regulamentado criando o Instituto da Cidade. Os municípios, incluindo o Rio, agora estão revendo o Plano Diretor segundo o  Instituto” ressaltou. 

Enquanto em 1991, havia um total de domicílios de 3.369.768 (cerca de  3 milhões e quatrocentas moradias),  em 2000 já eram 4.265.471. Apesar do aumento de domicílios, o déficit que era de 8,36%, diminuiu para 6,89% em 2000: “O déficit do Rio está caindo confirmando diversas pesquisas. A população do Rio está crescendo em ritmo inferior de outras cidades. O déficit acabou migrando para municípios com petróleo como Macaé e Angra: “ é importante discutir o assunto, porque agora que se discute novos investimentos como o Porto do Rio, o déficit provavelmente volta ao Rio” lembrou Dayse.

A reurbanização das favelas feitas em programas públicos retirou a carência total, mas deixou muitas deficiências, segundo Dayse. A arquiteta acredita que o programa Minha Casa, Minha Vida pode resolver o problema de adequação urbana, gerando uma cidade adequada: “ Enquanto existem 750 favelas e foi feito um esforço de reurbanização , surgiram mais 250 favelas novas. Por isto tem que ser revisto a agenda de investimento, pois estamos enxugando gelo. A agenda está equivocada” ressaltou.

Por outro lado, Dayse apresentou dois programas para resolver os problemas de déficit habitacional e inadequação da moradia: O programa habitacional dos municípios que prevê melhoria na infraestrutura e habitacional e o Minha Casa, Minha Vida com a entrada da iniciativa privada e a parceria pública permitindo moradias para baixa renda.

Fonte: Tatiana Couto, editora-chefe AIB